Exercício combate fadiga e depressão
Um novo estudo revelou que o exercício físico pode combater a fadiga e a depressão em pacientes com esclerose múltipla.
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Notavelmente, estes resultados positivos na saúde psicológica podem ser alcançados sem alterações significativas no peso corporal ou índice de massa corporal do paciente, o que apoia ainda mais a ideia de que o exercício pode ser uma intervenção terapêutica eficaz contra esta doença.
O estudo foi publicado na revista EXPLORE: The Journal of Science and Healing.
Pacientes com esclerose múltipla geralmente são aconselhados a manter uma dieta saudável, pois a dieta e o peso corporal podem interferir com os seus níveis de energia, funções corporais e progressão da doença.
O excesso de peso corporal é considerado um dos fatores de risco que podem contribuir para piorar os sintomas da doença, e as comorbidades da doença, incluindo depressão e fadiga.
Sabe-se também que, em indivíduos saudáveis, o peso corporal pode dificultar os efeitos positivos do exercício na depressão e fadiga. No entanto, os efeitos em pacientes com esclerose múltipla são menos claros.
No estudo, os investigadores propuseram-se a analisar os efeitos do exercício físico sobre a fadiga e a depressão experimentados por indivíduos com sobrepeso e peso normal diagnosticados com esclerose múltipla.
O estudo envolveu 66 pacientes com esclerose múltipla recorrente-remitente, 33 com sobrepeso e 33 com peso corporal normal - que foram designados aleatoriamente para se submeter a um plano de exercícios pré-definidos que envolvia esforços dos membros superiores e inferiores, três dias por semana durante oito semanas, ou nenhum exercício (condição de controlo).
Os resultados mostraram que não houve correlações significativas entre o peso do paciente e qualquer um dos parâmetros analisados. No entanto, fadiga, depressão ou capacidade aeróbica foram altamente correlacionados com o exercício.
Além disso, o grupo de pacientes envolvidos no exercício experimentou uma melhoria significativa em todos os parâmetros psicológicos analisados, independentemente do seu peso inicial e/ou IMC, em comparação com o grupo controlo que não se exercitou.
Ao todo, os resultados sugerem que o exercício melhora a aptidão geral e a saúde psicológica do paciente, mesmo na ausência de alterações significativas no peso corporal, apoiando assim o uso da atividade física como intervenção terapêutica para minimizar a depressão e a fadiga na doença.
Apesar dos resultados, os cientistas enfatizam que o pequeno tamanho da amostra, a curta duração do estudo e a falta de acompanhamento do paciente a longo prazo são limitações que devem ser levadas em conta ao interpretar as descobertas, devendo, por isso, ser abordados em estudos futuros.