Redes sociais não prejudicam vida social dos utilizadores
Dois estudos realizados pela Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, sugerem que as redes sociais não prejudicam a vida social dos utilizadores, negando assim a "teoria do deslocamento social".
GRAVIDEZ E MATERNIDADE
RECÉM-NASCIDOS: Bolçar! - É normal?
A regurgitação é frequente nos primeiros 4 meses de vida, sendo observada na maioria dos bebés. Existem, contudo, algumas situações em que o refluxo persistente pode indicar outros problemas… LER MAIS
Esta teoria afirma que quanto mais tempo for passado nas redes sociais, menos tempo os utilizadores socializam com pessoas no mundo real; isto aplica-se tanto ao uso passivo de redes sociais como a uma interação ativa.
A teoria do deslocamento social também afirma que tal diminuição na interação social torna as pessoas mais deprimidas.
Os investigadores, que viram o seu artigo publicado na revista Information, Communication & Society, decidiram realizar dois estudos; no "Estudo 1", investigaram se havia ou não um vínculo entre o uso de redes sociais e o contacto social "direto", que é definido como sair da casa, sair com amigos, conversar por telefone ou participar em qualquer tipo de atividade de grupo.
As pessoas analisadas pertenciam à chamada Geração X e "as perguntas sobre o uso das redes sociais foram feitas diretamente quando o Facebook estava a atingir o seu ponto de inflexão de adoção", disseram os autores.
"O que foi interessante foi que, durante uma época de adoção realmente rápida de redes sociais, e mudanças realmente poderosas no uso, não se verificaram quedas súbitas no contacto social direto das pessoas", afirmaram os cientistas.
"Se a teoria do deslocamento social estivesse correta, as pessoas deveriam ter saído menos e feito menos chamadas telefónicas, e isso não foi o caso", acrescentaram os investigadores.
No "Estudo 2", a equipa interrogou 116 pessoas sobre o uso de redes sociais e o contacto social direto cinco vezes por dia durante cinco dias seguidos. Neste estudo, confirmaram-se as descobertas do "Estudo 1".
"Os utilizadores de redes sociais não estavam a passar por um deslocamento social: se eles usassem as redes sociais no início do dia, não eram mais propensos a estar sozinhos mais tarde", confirma a equipa.
Os investigadores observam que estes não são os primeiros estudos a questionarem-se acerca da teoria do deslocamento social. Mas, apesar dos esforços para enfraquecê-la, o mito de que mais tempo nas redes sociais significa menos tempo de socialização na vida real parece persistir.