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As notificações abalam a nossa concentração

Não são necessários demorados e complexos estudos para descobrir que as constantes notificações que hoje recebemos através das muitas aplicações disponíveis para telefones, smartphones, tablets e outros veículos de comunicação similares, impactam fortemente a nossa produtividade, provocando interrupções no nosso trabalho e produzem um efeito nefasto no nosso relacionamento social e na saúde mental.

As notificações abalam a nossa concentração

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Por certo já experienciou situações em que no meio de uma conversa com amigos ou quando está a desenvolver uma qualquer atividade laboral, o seu smartphone emitiu um alerta sonoro. Instintivamente a sua atenção volta-se de imediato para o alerta recebido, parando de prestar atenção ao que estava a fazer para satisfazer a curiosidade de ver a notificação.

No seguimento desse instinto de curiosidade, não só tomou nota da mensagem recebida como acabou por entrar na rede social, onde se manteve durante alguns minutos, até regressar ao que antes estava a fazer.

Não há forma de negar os benefícios ilimitados que a tecnologia nos trouxe e como facilita as nossas vidas. Devemos lembrar-nos disso sempre que, em desespero, tendemos a atirar o smartphone pela janela fora, pois o que precisamos é adquirir a consciência necessária para encontrar o equilíbrio e tomar as nossas próprias decisões sem ser manipulado por um algoritmo que explora a vulnerabilidade pessoal e enriquece os psicólogos.

As notificações fazem parte de uma estratégia das redes sociais para nos avisar sobre acontecimentos que os algoritmos criados julgam relevantes, tais como comentários, mensagens, notícias, relacionamentos, publicidade, entre outras. Ao abrirmos de imediato a mensagem recebida, o nosso cérebro recebe uma dose de dopamina que descodifica e entende o comportamento como uma recompensa satisfatória, induzindo à repetição e potencialmente ao vício.

Esta sequência é explicada pela ciência que trata dos processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com um ambiente físico e social. A tecnologia tem vindo a apropriar-se da vulnerabilidade do nosso cérebro para agir, mas quem por ora manda na nossa via somos nós.

Seja para socializar com amigos ou completar uma tarefa difícil, um “ping” no smartphone pode destruir o momento. É tempo de abordar o fluxo constante de interrupções e encontrar formas de impor limites às redes sociais, que de forma abrupta e irritante interrompem o nosso trabalho com notificações aleatórias, situação que tem vindo a agravar-se drasticamente durante os períodos de teletrabalho devido ao confinamento.

Com cada vez mais pessoas dependentes do trabalho online, seja para tratar de compras, serviços bancários, entretenimento e saúde, caímos no inferno das notificações. Basta abrir um browser num dispositivo para verificar o estado do tempo, para de imediato ser saudado com uma enxurrada de alertas invasivos, desde alguns interessantes até aos mais inúteis e irritantes, fazendo-nos esquecer completamente do estado do tempo que procurávamos.

Para as pessoas em teletrabalho esta pode ser uma fonte preocupante de interrupções. A melhor solução passa por desativar todas as notificações, existindo na internet várias ferramentas de ajuda para o fazer, pois no inferno cada vez mais denso das notificações, a produtividade diminui, bem como a qualidade do trabalho e aumenta a ansiedade e a depressão.

Fonte: Tupam Editores

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