Segundo explicaram a nutricionista Danielle Fontes e o gastroenterologista Flávio Quilici, a intoxicação alimentar acontece quando ingerimos alimentos contaminados.

A contaminação pode ocorrer por alguns fatores, como alimento contaminado na origem e que não teve boa higienização (como frutas e verduras), alimento contaminado e não cozido (como ovos e carnes), alimentos que ficam expostos ao ambiente muito tempo e alimento manipulado com mãos ou utensílios contaminados.

Como o nosso sistema imunológico é bastante eficiente, na maioria das vezes, a intoxicação é leve e o próprio organismo responde bem, sem necessidade de intervenções médicas. No entanto, há um grupo de risco que deve tomar mais cuidado: idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças autoimunes.

Entre os sintomas da intoxicação estão a diarreia, vómito e náuseas, que podem aparecer poucas horas após a ingestão de alimentos contaminados e tendem a desaparecer sozinhos.

Segundo os especialistas, é preciso estar alerta e procurar o médico se tiver presença de sangue no vómito ou fezes; se a diarreia persistir por mais de três dias e mais de quatro vezes ao dia; se as dores abdominais (cólicas) forem intensas; se tiver febre acima de 38ºC e se apresentar sintomas de desidratação (boca seca, sede excessiva, fraqueza e tontura).

No caso das mulheres grávidas, é preciso fazer um exame de sangue para descartar a possibilidade da toxoplasmose, que é um vírus e pode passar para o bebé e afetar o seu desenvolvimento.

Em caso de suspeita de intoxicação alimentar, não se deve tomar logo medicamentos, indicam os especialistas, pois há que deixar o organismo atuar para restabelecer o seu equilíbrio. Contudo, se os sintomas ficarem cada vez mais intensos e persistirem, com a ocorrência dos eventos já mencionados, é necessário consultar um médico.

É também muito importante hidratar o organismo (de preferência com água, ou eventualmente água de coco, isotónicos e sumos), ficar um período sem se alimentar para dar um repouso ao estômago e intestino (mais ou menos seis horas), começar uma alimentação leve e ficar em repouso, indicam ainda os especialistas.