INTOXICAÇÃO

Cápsulas de detergentes na origem de quase 70 intoxicações em 2017

As cápsulas de detergente provocaram, em 2017, 68 situações de intoxicação, sobretudo em crianças até aos três anos de idade, de acordo com o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Cápsulas de detergentes na origem de quase 70 intoxicações em 2017

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O INEM lançou recentemente uma campanha de sensibilização na rede social Facebook, depois de ser conhecido um desafio que está a ser lançado na Internet por jovens, que consiste na ingestão destas cápsulas de detergente e publicação do respetivo vídeo.

"Comer cápsulas é estúpido! Come bolachas" é o mote da campanha do INEM que circula no Facebook.

No entanto, o CIAV do INEM não tem, até ao momento, conhecimento de casos de intoxicações provocados no decorrer deste desafio.

Também a PSP já publicou um comunicado na mesma rede social, alertando para "um novo desafio viral na Internet que consiste na ingestão destas cápsulas ou na sua colocação na boca, filmando e partilhando nas redes sociais".

"Estas cápsulas são altamente concentradas e projetadas unicamente para o seu fim. Devem ser armazenadas longe do alcance de crianças, independentemente das circunstâncias", lê-se no alerta da PSP.

Sem relação com este desafio, o CIAV do INEM atendeu, em 2017, 68 casos relacionados com a exposição a detergente em cápsulas. Em 2016, este organismo registou 115 ocorrências e no ano anterior 140.

Dados do INEM revelam que "a maioria das situações ocorrem nos escalões etários mais baixos com particular incidência nas crianças até aos três anos de idade inclusive".

Em 2017, 14 das situações ocorreram em menores de dois anos, 19 tinham dois anos e 17 eram crianças com três anos.

A via digestiva foi o principal meio de exposição ao detergente em cápsulas (46), seguindo-se a ocular (17) e a cutânea (5).

Segundo o CIAV, "as cápsulas de utilização unitária de detergente para lavagem de roupa ou loiça contêm entre 30 a 50 ml de um detergente concentrado, revestidas por um invólucro solúvel em água".

"As suas cores brilhantes e chamativas são particularmente atrativas para as crianças que as podem confundir com guloseimas, rebuçados ou doces", prossegue o organismo.

De acordo com o CIAV, "ainda que a maior parte destas situações seja de gravidade relativa, dependendo de diversos fatores, podem, no entanto, provocar lesões, nomeadamente ao nível ocular, com consequências potencialmente mais graves".

Fonte: press release

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