Nova terapêutica pode tratar dor crónica
Um novo estudo da Escola de Medicina da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, relata uma nova estratégia de tratamento que restaura a região do cérebro que controla os sentimentos de felicidade ou tristeza e que diminuiu significativamente os sintomas de dor num modelo animal.
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O novo tratamento combina dois fármacos aprovados pelo regulador de saúde norte-americano (FDA): um medicamento contra o Parkinson, a L-dopa, e um anti-inflamatório não esteroide.
Os dois medicamentos combinados atingiram circuitos cerebrais no núcleo accumbens e eliminaram por completo a dor crónica quando administrados a ratos que sofriam com a condição.
Os cientistas procuram agora avançar para um ensaio clínico e sublinham que o sucesso do tratamento passa por administrar os fármacos em conjunto e logo após uma lesão, segundo um artigo publicado na revista Nature Neuroscience.
Vania Apkarian, um dos autores, considera que "estes resultados sugerem que a dor crónica não pode ser vista como um fenómeno puramente sensorial, mas em vez disso está intimamente ligada às emoções".
Os resultados reforçam que combinar anti-inflamatórios com um medicamento que ativa os recetores de dopamina ou aumenta os níveis de dopamina pode ser mais eficaz na prevenção e/ou tratamento da dor crónica.