A pesquisa realizada no Centro Pediátrico Johns Hopkins foi agora publicada na revista Pediatrics e sugere que os médicos podem adicionar lítio aos tratamentos disponíveis para as crianças mais vulneráveis.

O lítio é um dos fármacos mais antigos usados para tratar a doença bipolar, uma condição crónica do cérebro marcada por crises espontâneas de humor anormalmente elevadas e depressão. A capacidade do fármaco em estabilizar os extremos de humor foi bem estabelecida em adultos, mas a sua segurança e eficácia ainda não tinha sido seriamente testada em jovens.

A equipa liderada por Robert Findling realizou um estudo prospetivo, randomizado e controlado por placebo que envolveu 81 pacientes atendidos em nove centros nos Estados Unidos. Os participantes tinham idades entre os 7 e os 17 anos e tinham sido diagnosticados com transtorno bipolar.

Os pacientes experimentaram uma melhoria significativa dos sintomas com o lítio ao longo de oito semanas, em comparação com os que tomaram placebo. Cerca de 47 por cento das crianças e jovens tratadas com lítio atingiu as pontuações de "muito melhor" no sistema de classificação comummente utilizado para avaliar a eficácia de tratamentos em pacientes com transtornos mentais, em comparação com 21 por cento entre os que tomaram placebo.

Os investigadores consideram que os resultados fornecem uma confirmação científica e fiável da eficácia do lítio e segurança para as crianças, a curto prazo, mas sublinham que análises adicionais estão em curso para examinar as implicações do uso do lítio a longo prazo.