Estado falha na proteção de bebés de toxicodependentes
Teresa Espírito Santo, membro da equipa técnica da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), adverte que o Estado tem falhado na proteção de bebés de toxicodependentes que não vão às consultas.
Quando se fala de queimaduras pensa-se automaticamente em calor e em pele. O calor, porém, não é a principal causa de queimaduras, nem a pele é o único órgão afetado.
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A responsável refere como exemplo mais mediático o caso da mulher de 38 anos, toxicodependente, que fugiu do Hospital de Vila Real, tendo ali deixado os dois gémeos recém-nascidos, e que posteriormente foi localizada pela PSP em Chaves.
Teresa Espírito Santo afirma que este caso é mais um entre muitos e denuncia uma falha gravíssima do sistema.
"Quando estas grávidas toxicodependentes não têm uma gravidez vigiada, ninguém sabe de nada. Logo, não são sinalizadas durante a gestação", sublinha a responsável da CNPCJR, acrescentando que tal significa que os fetos ficam expostos ao perigo sem qualquer proteção do Estado.
"Muitas vezes estas mulheres deslocam-se aos hospitais já no limite da gravidez e com medo dos riscos para a saúde. Só então é que os núcleos de proteção de crianças e jovens em risco dos hospitais sinalizam os casos para os serviços sociais e, se for necessário, para o Ministério Público", explicou ainda a técnica.
