Uma nova pesquisa, feita por uma equipa multidisciplinar de diversas universidades do norte da europa, descobriu que o treino de resistência pode proteger o sistema nervoso e assim diminuir a progressão da esclerose múltipla.

Publicado no Multiple Sclerosis Journal, o estudo mostrou que o treino de resistência tem uma série de efeitos positivos no cérebro, que vão além do que pode ser alcançado através de medicação eficaz específica para a doença.

Na investigação foram seguidas 35 pessoas com esclerose múltipla durante seis meses; metade do grupo dedicou-se ao treino de resistência duas vezes por semana, enquanto a outra metade não exerceu qualquer treino.

Antes e após o período de seis meses, foram realizadas ressonâncias magnéticas ao cérebro dos indivíduos e observou-se uma diminuição cerebral menos acentuada nos pacientes que realizaram os treinos de resistência.

De acordo com os investigadores, entre as pessoas com esclerose múltipla, o cérebro encolhe significativamente mais rápido do que o normal; embora os fármacos possam contrariar esse desenvolvimento, foram observadas evidências claras de que o treino minimiza ainda mais o encolhimento cerebral em pacientes que já recebem a medicação.

Além disso, foi também observado que várias áreas cerebrais menores começaram a aumentar em resposta ao treino.

Apesar dos resultados, que necessitarão de mais estudos para que sejam comprovados, os investigadores reiteram que a eliminação progressiva dos fármacos em favor do treino não é uma hipótese realista.