Num estudo publicado na revista BJU International, mulheres com incontinência urinária relataram ter declínios na atividade sexual e na excitação no último ano e expressaram preocupação crescente com relação à frequência de atividade sexual e à capacidade de se excitar sexualmente.

Homens com incontinência urinária relataram declínio no desejo sexual, aumento das dificuldades de ereção e orgasmo e preocupação com essas funções sexuais.

O estudo incluiu dados de 3 805 indivíduos do Estudo Longitudinal de Envelhecimento Inglês (ELSA), uma pesquisa de painel representativo da população sobre envelhecimento, reforma e saúde em homens e mulheres de meia-idade e idosos que vivem na Inglaterra.

Vinte por cento das mulheres e sete por cento dos homens relataram ter tido problemas de incontinência urinária nos últimos 12 meses.

"As nossas descobertas destacam as fortes ligações entre a incontinência urinária e uma série de resultados negativos em relação à saúde sexual. Tanto a incontinência urinária, quanto a sexualidade tardia continuam a ser tabus na sociedade e provavelmente serão subnotificados como problemas de saúde coexistentes", disseram os autores do estudo.

"Dada a ocorrência relativamente alta de incontinência, particularmente entre as mulheres, os profissionais de saúde devem estar cientes dos possíveis impactos na qualidade de vida e bem-estar e reconhecer que a atividade sexual e satisfação são fatores-chave nessa equação”, concluíram.