O estudo mais extenso sobre a esquizofrenia realizado até à data com gémeos estima que 80 por cento do risco de esquizofrenia pode ser explicado por fatores genéticos.

As descobertas da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, indicam que a genética tem uma influência substancial sobre o risco da doença.

Publicado na revista Biological Psychiatry, o estudo utilizou uma nova abordagem estatística para abordar um dos fatores que podem ter contribuído para inconsistências em estudos anteriores – o facto de as pessoas avaliadas serem classificadas como tendo esquizofrenia ou não, embora outras pessoas ainda possam desenvolver a doença após o fim dos estudos.

John Krystal, um dos cientistas, reforça que o seu estudo partiu da ideia de que a esquizofrenia é sobretudo hereditária com base nas descobertas de estudos de várias gerações de gémeos.

O estudo aproveitou dados de um registo dinamarquês de todos os gémeos nascidos no país desde 1870 - juntamente com informações do Registo Dinamarquês de Pesquisas Centrais Psiquiátricas, para avaliar a responsabilidade genética em mais de 30 mil pares de gémeos.

As conclusões sugerem que o risco genético parece não se assumir apenas como um pequeno fator para desenvolver a doença, “mas, em vez disso, inclui um perfil de diagnóstico mais amplo", acrescentou John Krystal.