COVID-19: VACINAS ESTÃO A CAMINHO!

COVID-19: VACINAS ESTÃO A CAMINHO!

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a 2 de março último o estado de pandemia, originada pelo SARS-Cov-2, já decorreram 296 dias e, não obstante se terem dado passos importantes para travar o seu avanço e minimizar os seus efeitos, na realidade a COVID-19 continua entre nós transmutando-se continuamente e não dando tréguas aos incansáveis profissionais de saúde e cuidadores, um pouco por todo o mundo.

Segundo alguns especialistas e conselheiros governamentais, em Portugal, o pico da 2ª vaga terá sido atingido na terceira semana de novembro e que a partir dessa data o número de infetados iriam começar a descer, o que veio genericamente a verificar-se. Todavia o número de óbitos tem vindo a subir, o que preocupa os governantes, obrigando muitas vezes a alterações bruscas nas orientações dadas à população, a fim de evitar o agravamento da atual crise sanitária, mas que em contrapartida tem vindo a provocar alguma desorientação seguida de ansiedade entre as populações.

Entretanto, a nível global o número de pessoas infetadas já ultrapassa os 78,5 milhões, as mortes aproximam-se de 1,73 milhões, e o número de casos diários ativos continua a crescer de forma preocupante em particular na europa, américas e subcontinente asiático, com novas estirpes a serem identificadas em vários países.

Uma das novas estirpes do SARS-CoV-2 identificada no Reino Unido é considerada uma das mais contagiosas, representando atualmente cerca de 60 por cento das novas infeções, e está a preocupar todo o mundo, pois segundo as informações mais recentes, já está a circular em vários países e territórios, dentro e fora da Europa.

A fim de analisar esta variante do coronavírus, a OMS que está a monitorizar de perto esta nova estirpe, anunciou que vai reunir de urgência a fim de preparar uma estratégia para fazer frente a esta nova estirpe já instalada em países como Bélgica, onde já circula há pelo menos um mês, segundo as autoridades de saúde daquele país, Território de Gibraltar, Países Baixos, Itália, África do Sul e mais recentemente na Dinamarca e Austrália.

Enquanto isso, as novas vacinas que os responsáveis da OMS, Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) e as Entidades Certificadoras dos vários países garantem serem absolutamente seguras e eficazes estão a chegar em simultâneo a quase todo o mundo.

São responsáveis pelo desenvolvimento das novas vacinas algumas dezenas de laboratórios de pesquisa de todo o mundo, dos quais se destacaram nesta última fase de testes em humanos, 13 iniciativas e destas, pelo menos quatro divulgaram resultados promissores, certificados, que já têm acordos firmados com a União Europeia. Destaques para a parceria Pfizer/BioNTech (USA/Alemanha), Moderna (USA), AstraZeneca (Suécia/Reino Unido), CanSino Biologics (China)

Jamais na história da humanidade se obtiveram resultados tão rapidamente no desenvolvimento de uma vacina para combater um vírus com as caraterísticas do SARS-CoV-2 e se mobilizaram tantos recursos. O novo vírus precisou só de alguns meses para infetar milhões de pessoas por todo o mundo. A necessidade de uma vacina para imunizar a população, a fim de evitar um maior número de infeções e, acima de tudo, um maior número de mortes, direcionou os cientistas para um método que está a dar os primeiros passos, mas que se acredita seja uma arma eficaz contra esta e futuras pandemias: as vacinas mRNA e o reforço do sistema imunitário.

Ao contrário das vacinas tradicionais, em que é necessária uma “amostra” do próprio organismo, as novas vacinas mRNA incorporam um mensageiro de ácido ribonucleico (mRNA), com informação genética do vírus que “dribla” o sistema por forma a que seja ele próprio a produzir a proteína do “visitante” agressor, que uma vez detetada inicia a produção de anticorpos de defesa.

Além disso, as vacinas mRNA são consideradas, em teoria, mais seguras para o paciente, por não introduzirem elementos infeciosos no organismo, sendo também mais rápidas e mais baratas na produção, podendo ser administradas por injeção ou via spray nasal.

Situação na europa

No seguimento da tendência das últimas semanas, o cenário não se alterou substancialmente. A situação continua a agravar-se de forma preocupante na europa e nas américas. Segundo o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), que se baseia em dados fornecidos pelos Estados-Membros da UE à base de dados do Sistema Europeu de Vigilância (TESSy), com vista a uma abordagem coordenada da restrição da liberdade de circulação, adotada pelos Estados-Membros em outubro último, refletem esse agravamento: mais de 21 839 705 contágios e 504 880 fatalidades desde o início da pandemia.

O número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), continua muito elevado, em particular na Bulgária (26.8), Eslovénia (25.6), Hungria (23.6), Croácia (22.8), Áustria (16.9), Itália (15.9), Polónia (15.4), Luxemburgo (14.7), República Checa (13.8), Bélgica (11.5), Roménia (11.3).

Igualmente inquietante é também o número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias), que em alguns países europeus tem vindo a crescer exponencialmente em países como Croácia (1208,8), Lituânia (1205,9), Luxemburgo (1189,0), Eslovénia (1006,0), Suécia (781,7), Hungria (683,0), Liechtenstein (628,0), República Checa (576,1), Países Baixos (546,7).

Em Portugal, de repente é como se o mundo tivesse parado! Com as restrições impostas devido à pandemia, as pessoas passaram a ter suas vidas condicionadas, isoladas de amigos e familiares, setores da atividade económica a colapsarem e o SNS a dar sinais preocupantes de esgotamento nos cuidados intensivos das unidades hospitalares, adivinhando-se um futuro ainda carregado de nuvens de incerteza, não obstante o otimismo dos governantes.

Finalmente, parece que alguns anúncios de solução por parte da comunidade científica, vão concretizar-se até ao primeiro trimestre do próximo ano com a distribuição das vacinas salvadoras, que no entanto só ficarão disponíveis para a maioria da população, em farmácia comunitária, no segundo semestre de 2021.

O nosso país recebe o primeiro lote de 9750 vacinas destinadas aos profissionais de saúde na linha da frente dos grandes hospitais já no próximo dia 27, como parte da solução, sendo no entanto necessário manter as demais regras de prevenção como o uso de máscaras, a higienização e a prática de distanciamento, entre outras recomendadas pela Direção-Geral da Saúde.

Entretanto, os governos de vários países que ainda o podem fazer, vão libertando algumas boias de salvação, sempre insuficientes para as empresas e populações, como apoios a fundo perdido, moratórias no crédito às empresas e às famílias, medidas de proteção ao emprego em particular nas que entraram em layoff, linhas de crédito para as famílias e empresas, bem como compensações financeiras especiais para algumas empresas mais atingidas pela crise e sem alternativa de fuga, como sejam os restaurantes, a atividade turística e similares.

O momento é histórico! A humanidade já deveria estar mais bem preparada para minimizar, senão para impedir que este tipo de pandemia viral acelular, que desde tempos imemoráveis ciclicamente nos visita, pudesse disseminar-se com tamanha rapidez e magnitude.

O país – em “estado de emergência”, para já, até ao dia 23 de dezembro –, registou nas últimas 24 horas mais 89 óbitos, tendo sido confirmados mais 4602 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março último –, de 383 258 infetados, 308 446 recuperados e 6 343 vítimas mortais. Há, ainda, a registar 68 469 doentes ativos e 511 casos críticos, que estão a ser acompanhados pelas autoridades de saúde em UCI.

No período especial do Natal e Ano Novo, no essencial mantêm-se as regras atualmente em vigor, bem como o seu escalonamento em função do risco de transmissão observado para cada município, isto é, moderado, elevado, muito elevado e extremo.

Excecionalmente, no período do Natal é permitida a circulação entre concelhos; a circulação na via pública na noite de 23 para 24, apenas para quem se encontre em viagem; nos dias 24 e 25 é permitida até às 02h00 do dia seguinte; no dia 26 é permitida até às 23h00.

No período do Ano Novo, a circulação entre concelhos está proibida entre as 00h00 de 31/12 e as 5h00 do dia 4/01/2021. Na via pública, está proibida a circulação a partir das 23h00 do dia 31/12; nos dias 1,2 e 3/01 é proibida a partir das 13h00.

São também proibidas festas públicas ou abertas ao público e ajuntamentos na via pública com mais de 6 pessoas; por fim, o funcionamento dos restaurantes só é permitido até às 22h30 do dia 31/12 e noa dias 1, 2 e 3/01 somente é permitido até às 13h00, exceto para as entregas ao domicílio.

A fim de se evitarem surpresas enquanto de mantiverem as restrições, é aconselhável que ao sair de casa consulte na internet a “lista de concelhos – nível de risco”.

O primeiro-ministro e as autoridades de saúde insistem no apelo para que todos adotem as regras e os comportamentos individuais estabelecidos pela DGS, designadamente a lavagem frequente das mãos, o uso de máscaras de proteção e o distanciamento físico, a que se juntou o uso obrigatório de máscaras de proteção em todo o espaço público onde não seja possível manter o distanciamento recomendado, medidas que apesar de tudo parece não estarem a resultar completamente.

A pandemia irá muito provavelmente, manter-se entre nós ainda por um longo período de tempo. Se as regras de prevenção forem cumpridas e a sua expansão mantida sob controlo, iremos dominar esta batalha até que se consiga, através da vacinação e de medidas tomadas, a tão aunciada imunidade de grupo. E esse momento pode estar para breve!

Planeamento e logística

O governo português já assegurou doses de vacinas para a COVID-19 necessárias, através de contratos com empresas farmacêuticas, em nome dos países da União Europeia e está, atualmente, a trabalhar na estratégia de vacinação dos portugueses.

A Direção-geral da Saúde criou recentemente uma comissão técnica, para definir os critérios em que a vacina contra a COVID-19 será aplicada no país, e uma “task force” para operacionalizar este processo. Os planos de vacinação foram divulgados nos primeiros dias de dezembro e podem ser consultados no portal do SNS.

A “task force” tem como missão a operacionalização de todo o processo, ou seja, a logística do armazenamento, distribuição e administração, e também fazer a monitorização das pessoas que serão vacinadas. Esta equipa irá garantir que todas estas áreas vão trabalhar de forma interligada, indo ao encontro do apelo feito pela comissária europeia Ursula von der Leyen para que os estados-membros iniciem “a preparação da logística para o lançamento de centenas de milhões de doses de vacinas”.

A COVID-19 a nível Global

De acordo com o site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 24 de dezembro de 2020, foram notificados em todo o mundo 78 534 580 casos de doença, incluindo 1 727 361 mortes e 55 286 770 recuperados, números que não param de crescer na europa, em particular a nível das fatalidades.

Embora com tendência ligeiramente decrescente, o continente americano continua a ser o mais fustigado, com o número de infetados a ultrapassar 34 076 316 , seguido da Ásia com mais de 19 965 907 casos, da Europa, que numa segunda vaga passou de uma situação aparentemente controlada para uma explosão de novos focos de contágio e de mortes, em menos de 2 semanas, ultrapassando já os 21 786 511 e de África também com um pequeno crescimento para 2 559 857 casos. A oceania com 47 648 contaminados continua a ser o continente menos afetado.

covid 19, mapa mundo

A experiência de outras pandemias que eclodiram no passado e que aqui já abordámos sumariamente, recomendam precaução absoluta. A COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Decorrido quase um ano após a primeira infeção detetada em humanos, a incerteza quanto ao evoluir da doença apesar de tudo mantém-se, designadamente quanto à possibilidade de eclosão de novas vagas no futuro. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde e a das nossas famílias. Todos os cuidados são poucos!

Caracterização do novo vírus COVID-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).

Um novo coronavírus (COVID-19) foi identificado em Wuhan, China, em final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia, sabendo-se agora que tem a capacidade de mutação em animais, como foi recentemente confirmado entre as populações de martas nos Países Baixos e na Dinamarca.

Diferença entre epidemia e pandemia

A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infecciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada diariamente pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuídas ao COVID-19. Não obstante estes números estarem a mudar a cada minuto que passa, o quadro a seguir reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto nos é possível.

Situação Mundial da pandemia a 23 de dezembro, segundo a OMS:

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?

As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem ou espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?

A maioria das pessoas infetadas experimenta uma doença leve e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular
– Cansaço anormal

Surto de doença, O que precisa saber?

Se já esteve em áreas afetadas pelo COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com o COVID-19 e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:

– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.

– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.

– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção

– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.
– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.
– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.
– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1 metro de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

Linha de apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24

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