Nas quintas britânicas perdem-se, anualmente, cerca de 15 por cento dos cordeiros devido a predadores, por hipotermia após se separarem das mães, ou por complicações de saúde.

Os criadores de gado enfrentam diariamente o desafio de tentar reduzir o número de perdas nos seus rebanhos mas, hoje em dia, já podem contar com a ajuda da tecnologia mobile, nomeadamente da câmara térmica presente nos smartphones para os ajudar nessa tarefa.

O CAT S61 pode vir a ser o principal aliado dos produtores pecuários. Graças a a uma câmara térmica, o novo equipamento permite localizar animais perdidos e ainda identificar os animais mais vulneráveis.

O smartphone conta com uma câmara térmica FLIR com um software que permite analisar um espectro de temperatura de 25 até 400 graus Celsius. Inclui ainda um sensor de qualidade de ar interior da Sensirion para alertar os utilizadores para os elevados níveis de poluentes de ar interior (Volatile Organic Compounds ou VOCs).

Através da aplicação presente no telefone, a câmara faz a leitura das temperaturas para onde se aponta o equipamento. Essa leitura da temperatura pode ser registada em imagem ou em vídeo, como se fosse uma fotografia normal, e se existir um animal no local ficará registado.
Para além disso, se o animal tiver passado pelo local há pouco tempo a câmara tem a capacidade de detetar o calor residual.

Rob Hodgkins, detentor de uma exploração pecuária no Reino Unido, considera que a tecnologia está a mudar a agropecuária de uma forma massiva, e refere que o CAT S61 tem sido uma enorme mais-valia para as suas tarefas.

Atualmente o criador utiliza a câmara térmica para o ajudar a encontrar os cordeiros perdidos do rebanho e que já se encontram em hipotermia. A câmara tem ainda sido usada como indicador visual para se assegurar que está a utilizar a temperatura certa de glicose na seringa que injeta para aquecer novamente os animais tresmalhados.