Todos sabemos que fumar e respirar o fumo do cigarro de quem fuma faz muito mal à saúde. O que muita gente desconhece é que os animais de companhia que estão junto aos seus tutores enquanto fumam correm sérios riscos e também podem adoecer. As toxinas presentes no chamado fumo passivo aumentam o risco de cancro e de problemas respiratórios, como asma, nos animais.

Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, e pela instituição de caridade veterinária PDSA, permitiu concluir que, na verdade, o fumo passivo pode ser mais prejudicial para os animais do que para os humanos.

A investigação sugere ainda que os químicos dos cigarros que provocam cancro afetam vários animais de modo diverso. No caso dos gatos, acabam por lamber os resíduos do fumo que permanecem no seu pelo, aumentando o risco de desenvolvimento de cancro oral; já os cães, estão mais propensos a desenvolver problemas respiratórios, e cancros nasais; mas os pássaros, os coelhos e os porquinhos da guiné também não escapam aos malefícios do fumo.
Segundo a veterinária e presidente da instituição PDSA, Olivia Anderson-Nathan, a maior parte dos tutores não sabe que o fumo influencia a saúde dos seus animais, ou tentariam protegê-los.

Os médicos veterinários e os enfermeiros assistem regularmente ao impacto devastador dos cigarros nos animais de companhia, variando os problemas entre a asma e a tosse crónica. O fumo do cigarro danifica as células, contribui para a obesidade dos animais após a castração e aumenta o risco de contraírem vários tipos de cancro. Cancros como o linfoma, por exemplo, ocorrem duas vezes mais em gatos que estiveram expostos ao fumo.

O problema é muito grave mas os donos podem fazer uma grande diferença na vida dos seus animais, simplesmente se optarem por fumar à janela ou na varanda.