DEPRESSÃO

Estudo associa depressão e insónias a maior risco de demência

Um estudo conduzido por investigadores da Universidade de Saint Louis descobriu que pessoas com mais de 50 anos que sofrem tanto de depressão quanto de insónias têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolver doença de Alzheimer e outras demências relacionadas.

Estudo associa depressão e insónias a maior risco de demência


O estudo de coorte retrospetivo utilizou registos eletrónicos de saúde do TriNetX e incluiu doentes sem demência com idade ≥ 50 anos (n = 1.868.790). A coorte era composta por 58% dos participantes com idade entre os 50 e os 64 anos, 59% do sexo feminino e 82% de indivíduos brancos.

No início do estudo, publicado na revista Aging & Mental Health, 1,1% tinham insónias e depressão maior, 3,8% tinham apenas insónias, 4,8% apresentavam apenas depressão maior e 90,4% não tinham nenhuma das duas.

A incidência de doença de Alzheimer e demências relacionadas foi de 2,3% (28,8 por 10.000 pessoas-ano). As razões de risco ajustadas mostraram um risco 91% maior para ambas as condições, 11% para as insónias isoladamente e 70% para a depressão maior isoladamente. O risco foi semelhante entre os grupos raciais.

Os investigadores concluíram que a depressão é o fator que mais contribui para o risco de demência, mas quando combinada com a insónia, o perigo é ainda maior. As descobertas sugerem que o tratamento precoce de problemas de sono e de depressão pode ajudar a reduzir as probabilidades de desenvolver demência mais tarde na vida.

De acordo com SangNam Ahn, principal autor do estudo, o cuidado com a saúde mental é uma parte fundamental da prevenção da demência, especialmente para os adultos mais velhos.
Muitas pessoas com depressão e insónias continuam sem um diagnóstico ou tratamento. Alargar o acesso à terapia e aos serviços de saúde mental pode fazer uma diferença significativa na redução do risco de Alzheimer e de outras demências relacionadas.

O estudo evidenciou que a saúde mental e a qualidade do sono são fatores-chave para a saúde cerebral, pelo que os investigadores incentivam os profissionais de saúde e os decisores políticos a tomarem medidas para apoiar as populações mais vulneráveis.

Fonte: Tupam Editores

ÚLTIMAS NOTÍCIAS