O olho seco é uma doença relativamente comum, caracterizada por olhos que não produzem lágrimas suficientes ou que evaporam muito rapidamente. Isso leva à secura e desconforto e, se não for tratado, a infeções oculares e danos à superfície dos olhos.

O estudo observacional analítico transversal envolveu mais de 3.500 mulheres com idade média de 52 anos e foi desenvolvido para avaliar as descobertas, os sintomas e a prevalência da doença do olho seco em mulheres na pré e pós-menopausa. Para o efeito foi utilizado o questionário Índice de Doença da Superfície Ocular (OSDI).

Outro dos objetivos era investigar a relação entre a doença do olho seco e a menopausa como um potencial fator de risco, assim como o histórico de doença autoimune, tabagismo e o uso de lentes.

Com base nas pontuações no OSDI, a prevalência da doença do olho seco de acordo com o período da menopausa revelou que 57,38% das mulheres na menopausa tinham a doença, em comparação com 53,22% das que estavam na pré-menopausa.
Como resultado do estudo, os médicos deveriam adicionar a doença do olho seco aos seus questionários de rotina.

As descobertas realçam a necessidade de maior consciencialização e educação sobre a doença do olho seco, para que esta possa ser diagnosticada e tratada antes de surgirem complicações mais graves.

Segundo a Dra. Stephanie Faubion, da The Menopause Society, é importante investigar a influência do envelhecimento e das hormonas na saúde. Cada vez se aprende mais sobre as mudanças na saúde ocular em mulheres de meia-idade. A deteção precoce da doença do olho seco permite uma intervenção oportuna com tratamentos personalizados para preservar o conforto, a qualidade da visão e a saúde da superfície ocular.