Segundo os especialistas, um fator de risco modificável para as crianças são os alérgenos domésticos, pois estas passam grande parte do tempo em ambientes fechados.

O estudo baseou-se na recolha de amostras de poeira das casas de 1.038 crianças (51,5% meninos, 29,8% não brancos), quando tinham entre três e quatro meses de idade. Foi medida, especificamente, a presença de alérgenos de cães e gatos e endotoxinas bacterianas, e as crianças foram posteriormente avaliadas quanto à asma e à função pulmonar.

Os resultados revelaram que as crianças mais expostas a alérgenos de cães, encontrados na pele e na saliva dos animais, tinham 48% menos probabilidade de sofrer de asma e ainda apresentavam melhor função respiratória.

Os benefícios da exposição aos alérgenos dos cães foram mais percetíveis em crianças com predisposição genética a complicações pulmonares, no entanto, não se verificaram consequências positivas quando estas foram expostas a alérgenos felinos ou endotoxinas bacterianas.

De acordo com o Dr. Jacob McCoy, um dos investigadores envolvidos no estudo, o contacto precoce com os cães pode estar a influenciar o sistema imunológico das crianças ou a modificar os microbiomas nasais dos bebés, que são essenciais para os microrganismos que residem no nariz.

Antes de se poder fazer qualquer recomendação, as descobertas devem incentivar investigações futuras para entender melhor a relação entre a exposição precoce a alérgenos caninos, a função pulmonar e a asma durante a primeira infância.