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Estudo revela que tosse convulsa pode ser fatal em bebés

A tosse convulsa, também denominada como tosse coqueluche ou pertússis, está a regressar de forma alarmante à Europa e aos Estados Unidos, com casos que ultrapassam agora os níveis pré-pandémicos. Trata-se de uma doença respiratória (da traqueia e brônquios) muito contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis.

Estudo revela que tosse convulsa pode ser fatal em bebés


Enquanto nos adultos e em crianças mais velhas a doença pode ser incómoda e durar meses, nos bebés, que são demasiado novos para serem vacinados, pode ser fatal. Nos estados Unidos, a maioria das crianças menores de 2 meses com tosse convulsa é hospitalizada.

Num artigo especial publicado na Pediatrics, uma equipa de investigadores recomenda fortemente a vacinação, especialmente durante a gravidez. Os anticorpos transmitidos da mãe para o filho através da placenta proporcionam uma proteção crucial nas primeiras semanas de vida.

De acordo com a Dra. Caitlin Li, autora principal do estudo, os sintomas da tosse convulsa nos bebés são diferentes. A tosse convulsa característica pode estar ausente, mas a apneia, ou interrupção da respiração, é comum.
A doença nos bebés ainda pode apresentar contagem muito alta de leucócitos (leucocitose), que os pediatras podem confundir com cancro ou outras condições não infecciosas. Importa referir que contagens extremamente altas de leucócitos nos bebés devem levar a considerar que se trata de tosse convulsa.

Devido ao elevado risco de complicações entre os bebés, é fundamental vacinar as mães contra a tosse convulsa durante a gravidez, pois isso protege os recém-nascidos contra esta doença potencialmente fatal. Aliás, a vacinação generalizada é uma ferramenta importante para proteger todas as pessoas.

Atualmente, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam doses da vacina aos 2, 4, 6, 15-18 meses e 4-6 anos de idade. Recomenda-se uma dose de reforço aos 11-12 anos, com reforço aos 18 anos. O CDC também recomenda a vacinação universal durante a gravidez, idealmente entre as 27-36 semanas de gestação, como a principal ferramenta para prevenir mortes relacionadas à doença.

Recomenda-se o início rápido de antibióticos a todos os pacientes com tosse convulsa confirmada ou suspeita. Quando administrado precocemente, o tratamento pode melhorar os sintomas. Embora seja improvável que o tratamento posterior afete os sintomas, reduz a transmissão da doença.

Fonte: Tupam Editores

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