TRATAMENTO

Identificado novo método para proteger contra sépsis

A sépsis é a principal causa de morte nas unidades de cuidados intensivos dos hospitais de todo o mundo e uma grande preocupação para os cientistas e profissionais da saúde. Recentemente, uma equipa de especialistas da Universidade de Saskatchewan (Usask) descobriu um novo caminho para ajudar o corpo humano a defender-se contra esta condição.

Identificado novo método para proteger contra sépsis


O Dr. Scott Widenmaier, um dos investigadores envolvidos, identificou uma proteína específica que pode ser fundamental para ajudar o corpo a combater esta condição potencialmente fatal causada pela resposta inadequada do corpo a uma infeção.

A equipa acredita que, ao manipular essa proteína, se pode proteger os pacientes contra a sépsis. A condição pode causar danos em órgãos como coração, rins e pulmões. Também pode provocar disfunção hepática e, quando isso ocorre, o fígado não consegue desempenhar adequadamente as suas funções, que são úteis para ajudar o corpo a lidar com uma infeção.

A sépsis é causada pela resposta do sistema imunológico do corpo à infeção, originando danos ao próprio organismo. Muitas pessoas acreditam que as bactérias ou vírus que adquirem são o que causa a doença, no entanto, é a resposta do corpo à infeção que resulta em doença grave e que pode evoluir para sépsis.

No estudo, publicado recentemente na revista Cellular and Molecular Gastroenterology and Hepatology, a equipa identificou uma proteína “fator de transcrição” no fígado, denominada NRF1, que atua como um “interruptor molecular” para ajudar a controlar a resposta de tolerância do próprio corpo à doença. Em modelos experimentais infetados com E. coli, a superexpressão da proteína NRF1 levou a melhores respostas gerais à infeção e proteção contra a sépsis.

Quando superexpressa, a proteína permite que o fígado secrete mais de uma partícula especial chamada lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL), que protege melhor os órgãos contra danos causados pela sépsis.
É essa conexão entre o “interruptor” do NRF1 e a produção de VLDL pelo fígado que os especialistas afirmam que poderá ser uma abordagem promissora para melhorar os resultados dos pacientes com sépsis.

O laboratório está muito interessado em descobrir maneiras de manipular o NRF1 farmacologicamente ou geneticamente para promover a saúde. O próximo passo será verificar a viabilidade desse caminho para o tratamento, e se ele ainda está ativo em condições em que a sépsis é muito comum.
Embora ainda não se esteja na fase dos testes em humanos, o Dr. Widenmaier quer aprofundar os seus conhecimentos na nova área para tentar descobrir melhores cuidados para a sépsis.

Fonte: Tupam Editores

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