Chama-se Candidozyma auris e é um vírus mortal que está a começar a preocupar. Detetado pela primeira vez no Japão em 2009, tem-se espalhado por hospitais de toda a Europa e já foi identificado em mais de 40 países no mundo. O Reino Unidos é um dos países onde o aumento nos últimos meses foi mais acentuado.
O C. auris pode causar problemas leves em pessoas saudáveis, mas pode acabar por se mortal em doentes com o sistema imunitário mais enfraquecido. A preocupação aumenta quando entra na corrente sanguínea e atinge os órgãos vitais.
Este vírus perigoso pode sobreviver em superfícies durante muito tempo, inclusive no ambiente hospitalar e frequentemente é resistente aos tratamentos médicos de primeira linha e aos desinfetantes, tudo devido às proteínas que produz. Além das superfícies e equipamentos médicos contaminados, o contágio também se dá pelo contacto direto com pessoas infetadas, mesmo sem sintomas.
Os sintomas são, aliás, difíceis de detetar. O vírus poderá estar na pele e ser transmitido sem que se dê conta. As infeções no sangue ou no cérebro são algumas das complicações que pode provocar.
Para prevenir a progressão da infeção os cuidados são os adotados para outro tipo de patologias, como, por exemplo, a higiene das mãos, a limpeza correta de espaços hospitalares, o uso de equipamentos descartáveis e a identificação de pessoas que estejam infetadas.
Em Portugal houve, até agora, poucos casos, mas é um problema emergente. Segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, recentemente divulgados, no período entre 2013 e 2023, foram registados apenas quatro casos de C. Auris no país.
