A investigação, publicada na Communications Medicine, envolveu 2.945 adultos com idades compreendidas entre os 42 e os 94 anos, que foram acompanhados ao longo de 20 anos. Os seus horários das refeições, escolhas de estilo de vida, amostras de sangue e resultados gerais de saúde foram analisados.

De acordo com o cientista e nutricionista Hassan Dashti, os resultados dão um novo significado à expressão “o pequeno-almoço é a altura mais importante do dia”, especialmente no que diz respeito aos adultos mais velhos. Para esta população, manter horários regulares e consistentes das refeições pode contribuir para uma melhor saúde e envelhecimento.

Dashti realça que atrasar o pequeno-almoço, em particular, está associado a problemas de saúde e a um maior risco de mortalidade em adultos. Houve, contudo, outros fatores que tiveram uma influência significativa no resultado, como a genética e estilo de vida dos indivíduos. Por exemplo, os notívagos, as pessoas com insónias ou que têm dificuldade em preparar refeições têm maior probabilidade de comer mais tarde.

Na verdade, a associação entre a mudança para um pequeno-almoço mais tardio e um maior risco de mortalidade indica que o horário das refeições pode refletir mais do que apenas uma preferência pessoal e pode estar ligado ao envelhecimento biológico ou ao declínio da saúde.

Uma vez que este estudo foi observacional, os resultados precisam de ser confirmados em futuros estudos experimentais. O próximo passo dos investigadores é testar se o ajuste do horário das refeições, como incentivar o pequeno-almoço mais cedo ou manter horários de refeições consistentes, pode ajudar a melhorar significativamente a saúde e a longevidade dos mais velhos.