Certas condições neurológicas, incluindo comprometimento cognitivo leve e doença de Alzheimer, têm sido associadas a uma maior diferença na idade cerebral – um cérebro “mais velho” do que seria previsto tendo em conta a idade cronológica de uma pessoa.

Para avaliar o impacto da dieta na idade cerebral, durante a investigação, publicada na revista Clinical Nutrition, os especialistas analisaram dados de 294 participantes do estudo Direct Plus, um dos estudos mais antigos sobre a relação entre o cérebro e a dieta.
Ao longo de 18 meses, os participantes consumiram uma de três dietas: uma dieta saudável padrão; uma dieta mediterrânea tradicional com restrição calórica, pobre em hidratos de carbono simples, rica em vegetais e que substituiu a carne vermelha por aves e peixes; e a dieta mediterrânea-verde, que também incluía chá verde e Mankai.

A medição dos níveis de proteína no sangue dos participantes, permitiu descobrir que níveis mais elevados de determinadas proteínas estavam associados a um envelhecimento cerebral acelerado. Descobriram ainda que esses níveis de proteína diminuíram nos participantes que seguiram a dieta mediterrânea-verde.
A equipa levantou a hipótese de que o efeito protetor da dieta poderia ser resultado das moléculas anti-inflamatórias presentes no chá verde e no Mankai.

De acordo com Anat Meir, colíder da investigação, estudar as proteínas circulantes no sangue permite observar, num ambiente real, de que forma os processos de envelhecimento do cérebro são influenciados por mudanças no estilo de vida e na dieta.
Essa abordagem fornece uma janela dinâmica da saúde cerebral, e ajuda a revelar mudanças biológicas muito antes que os sintomas se manifestem.