Após a pandemia de Covid-19, o isolamento social e a solidão são cada vez mais reconhecidos como importantes fatores de risco para a saúde.
Embora alguns estudos realizados anteriormente tenham explorado a relação entre o isolamento social e a diabetes, este estudo está entre os primeiros a examinar a sua ligação com o controle glicémico inadequado utilizando uma amostra nacionalmente representativa – dados que refletem a população mais ampla dos EUA.

Para o estudo, os investigadores da Escola de Medicina Keck da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, analisaram dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES) de 2003 a 2008. Foram analisados dados de 3.833 adultos com idades entre os 60 e os 84 anos, representando cerca de 38 milhões de idosos nos EUA.

Após o ajuste para outros fatores, os especialistas descobriram que os idosos socialmente isolados tinham 34% mais probabilidades de ter diabetes e 75% mais probabilidades de ter um controle glicémico inadequado do que aqueles que não estavam isolados.
Isto sugere que o isolamento social pode ser um fator de risco importante, mas frequentemente negligenciado, para a diabetes e para um controle glicémico inadequado em idosos.

De acordo com Samiya Khan, a investigadora principal, as descobertas são especialmente relevantes devido ao rápido crescimento da população idosa nos Estados Unidos e no mundo, juntamente com a prevalência generalizada de isolamento social e de solidão entre os idosos. E não só, também realçam a importância das relações sociais para o bem-estar dos idosos.

Assim, os médicos devem reconhecer o isolamento social como um fator de risco potencial entre os pacientes idosos, tanto para a diabetes quanto para os níveis elevados de açúcar no sangue.