ALOPECIA

Alopecia areata associada a impacto psicossocial grave

A alopecia areata é uma doença dermatológica autoimune. Caracteriza-se, mais habitualmente, por áreas localizadas de perda de cabelo ou pelo, ou peladas, sem destruição dos folículos. De acordo com um estudo publicado online no British Journal of Dermatology, a alopecia areata – que afeta cerca de 2,1% das pessoas ao longo da vida – tem um impacto psicossocial grave, que está mais fortemente ligado à perceção da doença e ao estigma, do que à gravidade da mesma.

Alopecia areata associada a impacto psicossocial grave


Na investigação, especialistas do Guy's and St. Thomas' NHS Foundation Trust, em Londres, examinaram o impacto psicossocial da alopecia areata para identificar os subgrupos de alto risco e as principais perceções associadas à pior qualidade de vida, ansiedade e depressão.

O estudo transversal incluiu 596 pacientes com alopecia areata que autorrelataram a gravidade da doença. A equipa descobriu que os pacientes consideravam a alopecia areata como uma doença crónica com impacto na sua vida, com controle pessoal ou do tratamento limitado, efeitos emocionais significativos e muito preocupante.

Dos participantes, 81% relataram ansiedade ou sintomas depressivos; 67% relataram sentir-se envergonhados com frequência ou sempre devido à doença e 39% relataram sentir constrangimento com frequência ou sempre devido às suas limitações físicas; 34% dos pacientes relataram problemas com as atividades habituais, incluindo no trabalho, tarefas domésticas e atividades familiares ou de lazer, enquanto 42% relataram dor ou desconforto.

Todos estavam fortemente associados à perceção da doença. As perceções de doença e o estigma explicaram uma proporção maior de variância na qualidade de vida, ansiedade e depressão do que a gravidade da doença em análises de regressão hierárquica.
A análise de cluster identificou dois grupos distintos de pacientes com base na perceção da doença, com diferentes níveis de qualidade de vida, ansiedade, depressão e estigma.

De acordo com os investigadores, a identificação de dois perfis distintos de pacientes com base nessas perceções destaca a existência de diferenças significativas na carga psicossocial da alopecia areata e identifica pacientes em risco de apresentar piores desfechos psicológicos.

Fonte: Tupam Editores

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