Segundo Michael Zitzmann, do Hospital Universitário de Muenster, na Alemanha, embora a idade e os níveis de testosterona sejam há muito considerados fatores determinantes para o declínio da saúde sexual masculina, o estudo indicou que essas mudanças estão mais intimamente relacionadas a aumentos modestos nos níveis de açúcar no sangue e a outras alterações metabólicas.
Isso significa que os homens podem tomar medidas para preservar ou revitalizar a sua saúde reprodutiva com escolhas de estilo de vida e intervenções médicas adequadas.

Estas conclusões são resultado de um estudo de longo prazo com homens saudáveis (sem diabetes mellitus, doenças cardíacas e/ou cancro) com idades compreendidas entre os 18 e os 85 anos, iniciado em 2014 com 200 participantes e concluído em 2020 com 117 participantes.

Durante a investigação, os especialistas analisaram as mudanças progressivas nos perfis espermático e hormonal dos participantes, a função erétil e a saúde metabólica (IMC e níveis de açúcar no sangue avaliados pelo teste de HbA1c).

Os resultados indicaram que, ao longo do tempo, os níveis hormonais e os parâmetros do sémen permaneceram em grande parte dentro da faixa normal. No entanto, a movimentação dos espermatozoides e a função erétil diminuíram em homens com níveis de açúcar no sangue minimamente elevados, abaixo do limite de 6,5% de HbA1c para a diabetes.

A investigação apurou ainda que apesar de os níveis de testosterona não terem tido um impacto direto na função erétil, estavam relacionados com a avaliação da libido dos participantes.

A equipa espera que as informações recolhidas ajudem os médicos e os seus pacientes a desenvolver planos eficazes de manutenção da saúde sexual masculina. Até porque agora já se sabe que os homens têm o poder de manter o seu bem-estar sexual e reprodutivo, mesmo à medida que vão envelhecendo.