Adultos fisicamente ativos têm menor risco de bexiga hiperativa
Adultos fisicamente ativos apresentam menor risco de desenvolver bexiga hiperativa em comparação com adultos inativos, de acordo com um estudo publicado recentemente na Scientific Reports.

A bexiga hiperativa é um problema urológico caracterizado por uma vontade repentina de urinar, habitualmente com aumento da micção noturna e micção frequente, mas sem sinais de infeção do trato urinário ou outros problemas de saúde evidentes. Nos últimos 40 anos, estudos em países europeus mostraram que este distúrbio neuromuscular afeta 13,4% dos homens e 14,6% das mulheres.
No estudo, a equipa de investigadores, composta por especialistas do Hospital Municipal de Jinjiang em Quanzhou, na China, explorou a associação entre atividade física e o risco de desenvolver bexiga hiperativa. A análise incluiu dados de 17.050 participantes das Pesquisas Nacionais de Exame de Saúde e Nutrição, abrangendo os anos de 2007 a 2018.
Os adultos foram distribuídos por quatro padrões de atividade física – inativos, pouco ativos, praticantes de fim-de-semana e regularmente ativos –, com base nos níveis de atividade física autorrelatados. Para investigar a relação entre os padrões de atividade física e de bexiga hiperativa empregou-se um modelo de regressão logística ponderada, análise de spline cúbica restrita e análises de subgrupos.
Após ajustes exaustivos para as covariáveis, os modelos de regressão logística multivariada revelaram que os adultos praticantes de fim-de-semana e regularmente ativos apresentaram um risco reduzido de desenvolver bexiga hiperativa em comparação com os adultos inativos, com razões de chances de 0,96 e 0,97, respetivamente.
Verificou-se a existência de uma relação não linear entre a duração total da atividade física semanal (em minutos) e a incidência de bexiga hiperativa, com aproximadamente 915,41 minutos de duração total da atividade física (minutos por semana) associados ao menor risco de ter bexiga hiperativa.
Os resultados do estudo levam os investigadores a concluir que a atividade física pode ser considerada parte de uma estratégia mais ampla para a prevenção da bexiga hiperativa, no entanto, para esclarecer a causalidade e a relevância clínica são necessárias mais investigações.