No estudo, a equipa de investigadores da Escola de Medicina Icahn, no Monte Sinai, em Nova York, avaliou a resposta metabólica a poluentes atmosféricos e a sua potencial influência na saúde óssea em mulheres na pós-menopausa. A análise incluiu participantes da Iniciativa de Saúde da Mulher (140 casos e 138 controles com dados disponíveis sobre poluição do ar e densidade mineral óssea).

Os especialistas descobriram que, em todos os períodos médios ao longo de nove anos, a exposição à poluição atmosférica pode agravar a perda óssea em mulheres na pós-menopausa.

Poluentes como óxidos de nitrogénio (Nox), dióxido de nitrogénio (NO2) e dióxido de enxofre (SO2) foram associados à taurina, inosina e fosfatidiletanolamina C38:4, respetivamente. Não se observou uma associação para partículas finas ≤10 μm.
Na associação entre a média anual de óxidos de nitrogénio e a densidade mineral óssea da coluna lombar, houve mediação potencial parcial com fosfatidiletanolamina C38:4.

Este é o primeiro estudo a sugerir que os fosfolípidos podem mediar parcialmente os danos ósseos relacionados à poluição atmosférica em mulheres na pós-menopausa.
Segundo Diddier Prada, um dos investigadores envolvidos no estudo, a descoberta não representa apenas um avanço científico, é um alerta para a importância da deteção precoce das pessoas em risco de danos ósseos.
O entendimento dessas vias pode levar a estratégias terapêuticas para mitigar os danos ósseos relacionados com a poluição, especialmente porque evitar a exposição à mesma é muitas vezes impossível.