Equilíbrio hormonal é essencial para o bom funcionamento do corpo
O equilíbrio hormonal é fundamental para que o corpo funcione de maneira coordenada, sendo essencial dar maior importância à deteção precoce e à redução do estigma associado aos problemas hormonais.

As hormonas são mensageiros químicos que desempenham funções cruciais no corpo. Os problemas hormonais são frequentemente subestimados ou confundidos com stress, fadiga ou “problemas relacionados à idade”, mas o equilíbrio hormonal é fundamental para que os sistemas do corpo funcionem de forma coordenada.
De acordo com a Dra. Noemí Brox, especialista em endocrinologia do Hospital Universitário Ramón y Cajal, em Madrid, uma maior visibilidade desses problemas permitirá um melhor acesso a tratamentos adequados e personalizados, ajudando os pacientes a regular funções vitais, como metabolismo, sono, humor e saúde óssea.
As alterações na produção e ação das hormonas podem levar a distúrbios como o hipoparatiroidismo crónico, uma doença rara na qual as glândulas paratiroides não produzem a hormona da paratiroide (PTH) suficiente, resultando em baixos níveis de cálcio no sangue.
A falta dessa hormona, que em 80% dos casos resulta de uma cirurgia cervical, como a tiroidectomia, causa uma série de complicações graves a curto e longo prazo, como irritabilidade neuromuscular, complicações renais, calcificações extraesqueléticas e comprometimento cognitivo.
Os pacientes também podem sentir cãibras e espasmos musculares, parestesia ou dormência, fraqueza e fadiga, e alterações de humor que podem afetar a saúde mental (depressão e ansiedade). Em casos graves, isso pode levar a convulsões devido a níveis muito baixos de cálcio ou arritmias ventriculares potencialmente fatais.
Tudo isto pode afetar a capacidade para realizar atividades diárias, além de limitar a interação social e a qualidade de vida emocional do paciente, cujo tratamento é composto por suplementos ativos de vitamina D e de cálcio.
Sabe-se, no entanto, que nem sempre é possível controlar a excreção urinária excessiva de cálcio ou os níveis elevados de fosfato no sangue em todos os pacientes, o que pode levar a que estes apresentem sintomas como cólica renal, doença renal crónica, calcificações vasculares e aumento do risco cardiovascular.
Para a endocrinologista, uma maior educação em saúde contribui para manter hábitos saudáveis, detetar os primeiros sintomas da doença e até apoiar os familiares durante o processo da doença da maneira mais saudável possível.