EM aumenta risco de doença mental durante e após a gravidez
As mulheres com 1 (EM) têm um risco significativamente maior de doença mental perinatal em comparação com mulheres com outras condições crónicas, apurou um estudo publicado online na revista Neurology.

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Utilizando dados de saúde baseados na população do ICES, em Ontario, os investigadores conduziram um estudo de coorte que incluiu 894.852 mães (1.745 com EM; 5.954 com 1; 4.924 com doença inflamatória intestinal (DII); 13.002 com 1; e 869.227 comparadores). A equipa analisou a presença de doença mental antes da conceção, durante a 1 e até três anos após o 1.
Verificou-se que qualquer doença mental incidente afetou 8,4% das mães com EM pré-natalmente e 14,2% durante o primeiro ano pós-parto. 1 e 1 foram os transtornos incidentes mais comuns.
Os resultados permitiram concluir que o primeiro ano após o parto era um período particularmente vulnerável. Mulheres com EM tiveram uma incidência 26% maior de doença mental durante a gravidez e um risco 33% maior no primeiro ano pós-parto em comparação com grávidas sem EM, após ajuste para fatores como idade, estatuto socioeconómico e complicações obstétricas.
A doença mental afetou 42% das mulheres com EM durante a gravidez e 50% no primeiro ano após o parto, em comparação com 30% das mulheres sem EM durante a gravidez e 38% no primeiro ano após o parto.
Cerca de 1% daquelas com EM apresentava psicose e quase 6% desenvolveram transtornos por uso de substâncias dentro de um ano após o parto.
O risco de doença mental durante a gravidez e no primeiro ano pós-parto também aumentou nas mulheres com epilepsia, DII e diabetes em comparação com pessoas sem essas condições.
Assim, e embora as mulheres com EM tenham revelado sempre um risco elevado de doença mental, as descobertas sugerem uma necessidade maior de suporte durante a gravidez e período pós-parto também nas mulheres com doenças crónicas.
De acordo com a Dra. Ruth Ann Marrie, autora principal, os resultados destacam a maior vulnerabilidade das mães com EM à doença mental, o que realça a necessidade de uma triagem de saúde mental e intervenção precoce, incluindo estratégias preventivas.