Efeitos do açúcar no cérebro são semelhantes a algumas drogas
Quando os nossos antepassados das cavernas procuravam incansavelmente comida para sobreviver sabiam que os alimentos doces eram uma fonte rápida e poderosa de energia, e isso está incutido no nosso cérebro. É por essa razão que os doces são uma delícia incontornável em todas as fases da nossa vida.

DIETA E NUTRIÇÃO
ALGUMA VEZ PENSOU NUMA DIETA PARA ENGORDAR?
A associação é direta: a palavra “dieta” remete quase instantaneamente para emagrecimento. Mas apesar de a maioria das pessoas fazer dieta para perder peso, também há quem deseje o efeito contrário: engordar. LER MAIS
O 1 ativa uma rede complexa em várias áreas do cérebro relacionadas ao prazer e à recompensa. O seu consumo gera estímulos semelhantes aos de algumas drogas, o que provoca uma necessidade irresistível de o consumir e dependência.
Quando comemos algo doce, as papilas gustativas da nossa boca enviam sinais ao cérebro. Nesse processo, é libertado um neurotransmissor denominado dopamina. Além de nos fazer sentir bem, esta hormona está envolvida em pensamentos de motivação e prazer. Pode ter sido útil para os homens das cavernas mas, no mundo moderno, onde o açúcar está presente em quase todos os alimentos processados, deixou de o ser. Esse sistema de recompensa atua contra nós e leva ao consumo excessivo.
Mas os problemas não ficam por aqui. Há estudos que comprovam que o consumo repetido de açúcar altera as conexões neurais, sendo cada vez maior a necessidade de experimentar essa satisfação. Na verdade, o pico de glicose originado pelos doces diminui tão rapidamente quanto o seu aumento. Ou seja, consumir doces cria uma sensação incontrolável semelhante ao que acontece com algumas drogas.
O consumo de açúcar é altamente prejudicial e um dos principais fatores causadores de doenças cardiovasculares, problemas de saúde mental e 1 no século XXI. Vários estudos identificaram problemas de 1 e um risco aumentado de doenças neurodegenerativas, e o consumo constante de açúcar pode levar à resistência à 1, o que aumenta o risco de 1. Além de danificar os dentes, contribui para o excesso de peso e tem impacto no humor, gerando 1 e dificuldade para dormir, 1 e fadiga.
De acordo com o Dr. Aurelio Rojas, especialista em cardiologia, a boa notícia é que abandonar o açúcar fará com que os seus efeitos nefastos no corpo e na mente desapareçam em apenas uma semana.
Mas deixar de consumir açúcar de repente pode ser difícil e contraproducente. Em vez disso, deve-se reduzir a sua quantidade gradualmente. A solução é optar por alternativas saudáveis. Ao sentir vontade de comer doces, escolha frutas frescas, que contêm açúcares naturais, que não são prejudiciais. Também é muito importante manter-se hidratado, pois muitas vezes confunde-se a sede com 1 ou desejo por açúcar.
Para evitar tentações não tenha doces em casa. Opte por opções saudáveis como nozes, 1 e frutas secas sem adição de açúcar. Selecione as suas exceções e coma moderadamente.
Acima de tudo, esteja consciente de que está a lidar com um tipo de droga com os respetivos efeitos negativos e, assim, poderá ser mais fácil resistir. Afinal, somos o que comemos.