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Videojogos: conheça os benefícios e saiba evitar a dependência

O mundo dos videojogos cresceu exponencialmente e é hoje muito diferente da realidade que os pais conheciam. Já lá vai o tempo em que eram pura diversão e entretenimento. As crianças já nascem com a tecnologia na ponta dos dedos e são cada vez mais os que dizem aos pais que querem ser jogadores profissionais.

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Este novo mundo levanta várias dúvidas aos pais. Afinal, quantas horas as crianças podem jogar? Se jogarem mais de 4 horas é considerado vício? Como evitar a dependência? A sua preocupação é compreensível, no entanto, vários estudos têm demonstrado que nem tudo é negativo nos videojogos e estes até têm alguns benefícios para as crianças.

Aqui o destaque vai para os benefícios cognitivos, observando-se uma melhoria da capacidade de atenção e de visão, da habilidade de detetar objetos num grande campo de distrações, redução da impulsividade e ajuda para superar a dislexia. Observam-se ainda melhorias na capacidade de realizar mais do que uma tarefa ao mesmo tempo; aumento da flexibilidade mental; prevenção de declínio cognitivo consequente da idade; e melhoria da capacidade de resolução de problemas.

A nível emocional, os videojogos originam uma melhoria significativa do humor e sentimentos positivos e uma maior facilidade em regular as emoções e reavaliar situações para lidar com problemas, algo que depois passa para a vida “real”.

Os benefícios sociais manifestam-se através do desenvolvimento de várias competências sociais que se generalizam para as suas relações externas aos videojogos, como cooperação, espírito de equipa, entre outras.

Estes benefícios – como em tudo –, apenas surgem quando a atividade é usufruída com equilíbrio e, para isso, não deve haver desinteresse ou desinvestimento nas outras áreas da vida das crianças e jovens.

O problema é que, muitas vezes, o gosto pelos videojogos passa para um nível difícil de ultrapassar. Ainda que lhe custe a acreditar, o vício ao jogo é real e afeta muitas crianças. Algumas acordam de madrugada para jogar com os amigos (enquanto os pais estão a dormir), o que tem impacto no seu bem-estar e desempenho escolar.

A causa não é a atividade em si, mas o comportamento excessivo e nocivo da mesma que ocorre devido a um conjunto de necessidades psicológicas que não estão a ser cumpridas na vida das crianças e jovens. Isto gera sentimentos de falta de competência, liberdade/autonomia, dificuldades nas relações sociais e, consequentemente, um mal-estar geral que faz com que os videojogos se tornem um escape à vida real.

Para evitar situações de risco e dependência os pais devem ter o cuidado de conversar com a criança para saber o tipo de jogos de que mais gosta. Conhecer os riscos, benefícios e o contexto dos videojogos é importante para compreender os sinais de alerta e prevenir situações de risco.

Aquando da compra dos jogos, os educadores devem estar atentos ao PEGI – o sistema de classificação de jogos, europeu, e que estabelece o conteúdo do jogo que define a idade mínima sugerida. Isto reduz significativamente o risco de exposição das crianças e jovens a conteúdos não adequados à idade, como por exemplo violência ou linguagem obscena.

É igualmente importante haver uma comunicação clara e sem barreiras entre pais e filhos e assegurar-se de que estão conscientes dos riscos e das consequências da adição aos videojogos.

Por fim, mas não menos importante, os pais devem procurar obter informações regulares da escola sobre o comportamento, avaliações e vida social da criança, ou jovem – isto é determinante para perceber se existe algum tipo de perturbação da sua atenção ou performance, prevenindo assim comportamentos de risco.

Fonte: Tupam Editores

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