DISFUNÇÃO SEXUAL

Sexualidade: prevalência das disfunções sexuais femininas é alta

A dor é uma experiência complexa e de uma grande subjetividade. Toma grande parte do nosso dia, tolda o nosso pensamento, condiciona os nossos relacionamentos e as nossas ações. Já imaginou o que é experimentar uma dor que surge num momento em que as sensações deveriam ser exatamente opostas? Em que o suposto seria sentir prazer em vez de dor?

Sexualidade: prevalência das disfunções sexuais femininas é alta

SEXUALIDADE E FERTILIDADE

FRIGIDEZ, DISFUNÇÃO SEXUAL NO FEMININO


A dor durante a relação sexual, seja ela penetrativa ou não, é uma realidade e atinge homens e mulheres. Um estudo sobre a prevalência das disfunções sexuais femininas revela que, em Portugal, cerca de 56% das mulheres apresentam disfunção sexual e aproximadamente 34% indicam dor ou desconforto durante a relação sexual, sendo que a prevalência de disfunção sexual de grau moderada a grave é de 19%.

As disfunções sexuais são transtornos de natureza física, psicológica ou multifatorial que afetam as relações sexuais e podem diminuir a qualidade de vida da mulher. E o pior é que muitas não têm consciência de que as disfunções sexuais são problemas de saúde que tem tratamento – culpam-se pelo seu desinteresse sexual e não procuram ajuda médica.

Os distúrbios mais comuns são a falta de desejo sexual, incapacidade em obter orgasmo (anorgasmia), dor durante a relação sexual (dispareunia) e dor ou dificuldade à penetração (vaginismo).

No que respeita à falta de desejo sexual, também chamada de perda ou diminuição da libido, as causas são as mais diversas, como alterações das hormonas sexuais causadas pelo uso de anticoncecional, parto, amamentação, menopausa, distúrbios de outras hormonas e uso de antidepressivos, entre outras. É possível ainda estar relacionada ao quotidiano e ao stress, e até à dinâmica do relacionamento.

A ausência constante de orgasmo dá-se o nome de anorgasmia. Na maioria dos casos a anorgasmia tem causas psicológicas, por traumas, tabus ou porque as expetativas da mulher não correspondem ao que de facto é um orgasmo. Raramente esta disfunção pode ter causas anatómicas, como má- formações congénitas dos genitais. Também pode ser causado pelo uso de drogas ou álcool.

A dispareunia é a dor genital associada à relação sexual. Pode ter diferentes causas entre as quais: distúrbios na fase de excitação, com falta de lubrificação vaginal, inflamação e/ou irritação dos órgãos genitais externos e internos, pós- traumas cirúrgicos ou obstétricos, tabus relacionados. Pode ainda estar relacionada à falta de desejo sexual.

À dificuldade da mulher em tolerar a penetração, devido à contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes ao terço inferior da vagina dá-se o nome de vaginismo. A longo prazo pode levar a quadros de ansiedade, baixa autoestima e depressão. As causas desta disfunção sexual são complexas, e geralmente estão relacionadas a aspetos psicossociais, tais como religião, educação repressora, experiências prévias com dor, traumas e falta de conhecimento do próprio corpo.

A sexualidade é uma área fundamental da vida e não deve ser menosprezada. Um espaço importante para lidar e tratar problemas de foro sexual é a consulta de sexologia clínica. A sexologia clínica já é uma área de intervenção, ou seja, o objetivo será a resolução de dúvidas, problemas e dificuldades relacionadas com a sexualidade. Marque uma consulta!

Fonte: Tupam Editores

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