Anteriormente os especialistas haviam mostrado que o candidato a medicamento Hi1a protege as células dos danos causados por um ataque cardíaco e derrame. Um estudo posterior submeteu a substância a uma série de testes pré-clínicos desenvolvidos para imitar cenários de tratamento da vida real.

Segundo Nathan Palpant, do Instituto de Biociência Molecular da UQ, estes testes são importantes para ajudar a entender como o Hi1a funcionaria como agente terapêutico – em que estágio do ataque cardíaco poderia ser usado e quais deveriam ser as doses a administrar.

Ficou estabelecido que o Hi1a é tão eficaz na proteção do coração quanto o único medicamento cardioprotetor a chegar à Fase 3 dos ensaios clínicos, um medicamento que acabou por ser posto de parte devido aos efeitos colaterais.

O estudo, publicado no European Heart Journal, permitiu descobrir que o Hi1a interage apenas com células na zona lesionada do coração durante um ataque cardíaco e não se liga a regiões saudáveis do coração – reduzindo a probabilidade de efeitos colaterais.

O Hi1a pode reduzir os danos ao coração e ao cérebro durante ataques cardíacos e derrames, ao prevenir a morte celular causada pela falta de oxigénio. Os testes e estudos de segurança realizados por organizações de investigação independentes forneceram evidências de que o Hi1a pode ser uma terapêutica eficaz e segura.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. A maioria das mortes são causadas por ataques cardíacos e derrames, e não existem medicamentos no mercado que previnam os danos que causam.
Um medicamento eficaz para tratar os ataques cardíacos teria impacto mundial, e poderia melhorar a vida de milhões de pessoas que vivem com doenças cardíacas.