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Estudo em moscas confirma teoria dos cientistas sobre o açúcar

As pessoas estão a comer muito açúcar e os estudos cada vez mais sugerem que o facto não afeta apenas o metabolismo, mas também a perceção do paladar. Um estudo realizado com moscas na Universidade de Umeå, na Suécia, permitiu descobrir que nestes insetos o consumo excessivo de açúcar desencadeia um desejo aumentado por gordura.

Estudo em moscas confirma teoria dos cientistas sobre o açúcar

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O estudo, publicado na revista científica Cell Reports, revela uma ligação fascinante: a ingestão de gordura e o açúcar exercem influência uma sobre a outra. A equipa de investigação realça que embora o estudo tenha sido realizado em moscas da fruta, é possível que existam mecanismos semelhantes em humanos.

Segundo Mattias Alenius, um dos investigadores, muito açúcar reduz o desejo por doces, mas aumenta a ingestão de gordura e vice-versa. Isto garante que as moscas obtenham açúcar e gordura suficientes como nutrientes.

Anteriormente a equipa havia descoberto que mesmo um ligeiro aumento do açúcar na dieta faz com que o intestino da mosca liberte para a circulação uma hormona denominada Hedgehog. Isso reduz a resposta do açúcar nas células gustativas, fazendo com que as moscas optem por alimentos não doces. Mas o último estudo revela que a Hedgehog não só diminui o desejo por açúcar, mas também aumenta o desejo por gordura.

Descobrir o sinal que impulsiona o desejo por mais gordura levou os especialistas a um regulador central de gordura encontrado tanto em ratinhos quanto em moscas: a leptina, conhecida como Upd2 nas moscas. À medida que o tecido adiposo aumenta nas moscas, a Upd2 é libertada, suprimindo a perceção do sabor gorduroso enquanto intensifica o desejo pela doçura. Isto significa que a interação entre a ingestão de gordura e açúcar é regulada mutuamente pelos sinais Hedgehog e Upd2.

É como uma competição entre o açúcar e a gordura, e não uma restrição do total de calorias, como seria preferível. Supostamente, os humanos têm mecanismos de compensação semelhantes aos das moscas, o que significa que preferimos ter tanta gordura quanto açúcar.

Os humanos percebem a gordura como um sabor, pelo que resta saber se as descobertas da investigação também se aplicam a nós.

Fonte: Tupam Editores

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