SÍNDROME

Descoberto novo candidato a medicamento para síndrome de Barth

A síndrome de Barth afeta cerca de 1 em cada 300.000 a 400.000 bebés em todo o mundo. Uma investigação realizada por investigadores da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, permitiu descobrir um potencial novo alvo e um candidato a medicamento de pequenas moléculas para o tratamento desta doença genética rara com consequências devastadoras, potencialmente fatal e atualmente incurável.

Descoberto novo candidato a medicamento para síndrome de Barth

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Os bebés com a doença têm músculos e corações fracos e sofrem de fadiga debilitante e infeções recorrentes. No estudo, publicado na revista Nature Metabolism, os especialistas descobriram que as mitocôndrias defeituosas são, pelo menos parcialmente, responsáveis, e identificaram um culpado molecular que poderia ser um alvo para potencialmente reverter o curso da doença no futuro.

Nas pessoas saudáveis, um lípido conhecido por cardiolipina passa por uma série de transformações, conhecidas como remodelação, dentro das mitocôndrias. Mas em pessoas com síndrome de Barth um gene crucial alojado nas mitocôndrias, denominado tafazzim (TAZ), sofre mutação. Sem o TAZ, a remodelação do cardiolipina é interrompida e os lípidos prejudiciais acumulam-se.

Na investigação, a equipa utilizou modelos computacionais, e estudos in vitro em células de mioblastos de ratinhos e amostras de tecido cardíaco humano de pessoas com síndrome de Barth.

Segundo o Dr. Valerian Kagan, professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Pittsburgh, descobriu-se que a lisocardiolipina, um intermediário que se acumula em células TAZ mutantes deficientes, interage com a proteína mitocondrial citocromo C, convertendo-a numa enzima demoníaca que oxida tudo à sua volta.

Mas esta oxidação excessiva das células TAZ deficientes poderia ser evitada. A equipa mostrou que um composto conhecido como ácido oleico substituído por imidazol, ou IOA, poderia bloquear a formação desses complexos e melhorar a função motora e a resistência num modelo de mosca da fruta com síndrome de Barth.

No futuro, esta descoberta poderá abrir caminho para a correção da deficiência genética do tafazzin e para melhorar a função mitocondrial através de terapêutica com pequenas moléculas.

Fonte: Tupam Editores

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