DIABETES

Pé diabético: dicas para escolher meias e calçado

As patologias do pé são um grande risco nas pessoas com diabetes. Num pé diabético, uma ferida tão pequena como uma bolha causada pelo uso de um calçado demasiado justo, pode causar sérios danos. A diabetes diminui o fluxo sanguíneo, pelo que as feridas demoram a cicatrizar, e quando uma ferida não cicatriza aumenta ainda mais o perigo de infeção.

Pé diabético: dicas para escolher meias e calçado

DOENÇAS E TRATAMENTOS

PÉ DIABÉTICO


Num diabético, as infeções expandem-se rapidamente. Assim, para além de manterem hábitos de higiene adequados, os doentes devem inspecionar os pés diariamente – procurar por picadas, sinais de traumatismo, áreas de pressão, vermelhidão, zonas mais quentes, bolhas, úlceras, arranhões, corte e problemas nas unhas.

Tendo em conta que andamos a maior parte da nossa vida calçados, uma das melhores formas de prevenir lesões começa pela escolha do calçado adequado. Para além de ser confortável e largo, o calçado deve proteger o pé, não devendo provocar qualquer tipo de pressão sobre este, e deixar a pele transpirar.

Para se falar de calçado, antes de mais, há que falar de meias. As meias para diabéticos são meias com propriedades especiais para doentes que sofrem de complicações da diabetes.
Estas meias são concebidas para não restringirem a circulação, ajustando-se bem ao pé, contribuindo para o alívio da pressão sobre o pé ou perna. Estas ainda podem controlar a humidade, a fim de reduzir o risco de infeção fúngica, ou possuir amortecimento para prevenir úlceras nos pés, que afetam até 10% das pessoas com diabetes.

Devem ser de algodão ou de lã; não possuir elásticos ou costuras e, caso tenham, o doente deverá calçá-las com as costuras para fora. Não deverão ser usadas meias com remendos. Quanto à cor, devem ser preferencialmente brancas ou de tonalidade clara, de forma a facilitar a deteção de qualquer tipo de líquido ou sangue que advenha de uma ferida. O doente deve trocar de meias diariamente.

Esclarecidas as características ideais das meias, resta conhecer as do calçado para proteger eficazmente o pé. As características básicas a observar para um calçado saudável incluem a avaliação da largura, comprimento, altura e sistemas de aperto, que permitam a correta adaptação do sapato ao pé. Tanto os materiais do corte, forro, sola e palmilha, como a altura do salto deverão ser considerados.

Assim, o calçado deve ser largo e confortável; não deve ser apertado ou pontiagudo. Se for pontiagudo vai “encavalitar os dedos”, fazendo com que as próprias unhas possam causar ferimentos nos dedos dos pés.

Os sapatos devem ser feitos de um material que permita a transpiração do pé, como o couro ou a lona. Os sapatos desportivos com sola de borracha são outra opção a considerar, desde que sejam transpiráveis.

Os sapatos fechados são os mais recomendados, pois protegem os pés de areias, pedras ou mesmo de batidas. Devem ainda ter palmilhas amovíveis, para poderem ser substituídas por palmilhas personalizadas.
O dorso deve ser alto, e dar para apertar com cordões ou velcro, de forma a poder ser adaptado para não ficar demasiado apertado e causar zonas de pressão.

Em termos de tamanho, deve medir mais 1 centímetro de comprimento para além do dedo mais comprido. O calcanhar deve ser firme, a sola grossa, e o tacão deve ter mais de 2 a 4 centímetros de altura. Os saltos altos não são recomendados.

Ao comprar sapatos novos, os doentes devem experimentá-los ao final da tarde, quando os pés estão mais inchados. A troca para os sapatos novos deve ser feita gradualmente, não devendo ser utilizados mais do que 1 hora nas primeiras utilizações. A observação dos pés nestes dias deverá ser ainda mais minuciosa do que habitualmente.

Fonte: Tupam Editores

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