AUTISMO

Revelados novos caminhos para o autismo em crianças

Duas anomalias distintas do neurodesenvolvimento, que surgem apenas algumas semanas após o início do desenvolvimento do cérebro de crianças, foram associadas ao surgimento do transtorno do espectro do autismo, de acordo com um estudo liderado pela Universidade de Yale nos EUA, no qual os pesquisadores desenvolveram organoides cerebrais a partir de células-tronco de meninos diagnosticados com o transtorno.

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Descobertas publicadas na revista científica Nature Neuroscience, revelam que as anomalias específicas agora encontradas por um grupo de investigadores, parece serem ditadas pelo tamanho do cérebro da criança, uma descoberta que pode ajudar médicos e pesquisadores a diagnosticar e tratar o autismo no futuro.

“É incrível que crianças com os mesmos sintomas acabem com duas formas distintas de redes neurais alteradas”, refere Flora Vaccarino, professora no Centro de Estudos Infantis Harris da Escola de Medicina de Yale e coautora do artigo.

Usando células-tronco recolhidas de 13 meninos diagnosticados com autismo, incluindo oito com macrocefalia, uma condição na qual a cabeça fica aumentada, uma equipa de Yale criou organoides cerebrais (pequenas réplicas tridimensionais do cérebro em desenvolvimento), numa placa de laboratório que simula o crescimento neuronal no feto, tendo-as posteriormente comparado com seus pais.

Curiosamente, os pesquisadores descobriram que crianças autistas com macrocefalia exibiam crescimento excessivo de neurónios excitatórios em comparação com seus pais, enquanto organoides de outras crianças com autismo apresentavam um défice do mesmo tipo de neurónios.

As descobertas podem ajudar a identificar casos de autismo que podem beneficiar de fármacos existentes destinados a melhorar os sintomas de distúrbios marcados por atividade excessiva de neurónios, como a epilepsia, disse Vaccarino, referindo ainda que esses fármacos somente poderão beneficiar os pacientes com autismo e macrocefalia.

A criação de biobancos de células-troncoderivadas de pacientes pode ser essencial para adaptar a terapêutica a indivíduos específicos ou medicina personalizada.

Fonte: Tupam Editores

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