AUTISMO

Autismo: meninas mais propensas a ansiedade do que meninos

O autismo em meninos é quatro vezes mais frequente do que em meninas, no entanto, as meninas têm maior probabilidade de experimentar ansiedade juntamente com o distúrbio, concluiu um estudo do Autism Phenome Project.

Autismo: meninas mais propensas a ansiedade do que meninos

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A ansiedade tende a acompanhar o autismo, que se caracteriza por problemas de interação social, comunicação e comportamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que o autismo afete uma em cada 160 crianças no mundo. Nos Estados Unidos cerca de uma em cada 36 crianças é autista.

Segundo Christine Wu Nordahl, autora do estudo, os resultados sugerem que o transtorno de desenvolvimento pode ser um pouco diferente nas meninas. Mulheres autistas têm taxas mais elevadas de transtornos de ansiedade do que homens autistas, especialmente em apresentações de ansiedade que são distintas do autismo e podem ser mais difíceis de identificar.

Participaram no estudo 112 crianças com autismo (89 meninos e 23 meninas) que realizaram exames cerebrais quando eram crianças e em três outros momentos. Os pais foram entrevistados sobre os seus sintomas de ansiedade quando as crianças tinham entre 9 a 11 anos de idade, para ajudar a descobrir se a ansiedade estava relacionada com os sintomas de autismo ou se se deviam a uma situação distinta.

No geral, as meninas apresentaram taxas mais elevadas de ansiedade do que os meninos, principalmente nas apresentações de ansiedade distintas do autismo, incluindo no medo de mudança. Apresentaram ainda taxas mais elevadas de formas mais tradicionais de ansiedade, como ansiedade social, ansiedade generalizada e ansiedade de separação.

As crianças do estudo com ansiedades distintas revelaram um crescimento mais lento no centro do medo do cérebro (amígdala) dos 3 aos 11 anos em comparação com crianças sem ansiedade (com ou sem autismo). Por outro lado, crianças autistas com formas tradicionais de ansiedade mostraram uma amígdala direita maior do que as crianças com ansiedades distintas ou nenhum tipo de ansiedade.

A ansiedade pode separar-se do autismo, mas muitas vezes os pais e os médicos podem dizer que a preocupação e a ansiedade são sintomas do autismo.
Para a especialista se se puder reduzir a ansiedade, pode-se melhorar a qualidade de vida das crianças à parte do seu autismo – e isso começa com o diagnóstico correto do tipo de ansiedade.

As diferenças sexuais no autismo são um tema em desenvolvimento, e esta evidência robusta aponta para a necessidade de se ser mais cuidadoso com a ansiedade e a forma como esta se reconhece e se trata em meninas e em meninos com autismo.

Fonte: Tupam Editores

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