ESCLEROSE

Hormona estriol pode reverter danos à mielina na EM

Um novo estudo realizado na UCLA Health revelou que uma hormona libertada durante a gravidez, o estriol, pode ajudar a reverter os danos causados no cérebro pela esclerose múltipla (EM).

Hormona estriol pode reverter danos à mielina na EM

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ESCLEROSE MÚLTIPLA


Na investigação, publicada na revista Laboratory Investigation, os especialistas trataram um modelo de ratinho com EM com a hormona estriol e verificaram que esta reverteu a degradação da mielina no córtex cerebral, uma região-chave afetada na doença.

Na EM, a inflamação estimula o sistema imunológico a remover o revestimento protetor de mielina em volta das fibras nervosas no córtex cerebral, dificultando os sinais elétricos enviados e recebidos pelo cérebro. A atrofia do córtex em pacientes com a doença está associada ao agravamento permanente da incapacidade, como declínio cognitivo, deficiência visual, fraqueza e perda sensorial.

Assim, são necessários tratamentos para induzir a remielinização na EM. Mas nenhum tratamento atualmente disponível para a EM pode reparar os danos à mielina – esses tratamentos visam a inflamação para reduzir os surtos de sintomas e novas cicatrizes no tecido nervoso.

Os resultados do novo estudo permitiram apurar que o estriol impediu a atrofia cerebral e induziu a remielinização no córtex, indicando que o tratamento pode reparar os danos causados pela EM, em vez de se limitar a retardar a destruição da mielina.

Allan MacKenzie-Graham, um dos autores do estudo, refere que o estriol tem como alvo as células que produzem mielina, encorajando-as a produzir mais. Além disso, ainda inibe as células que bloqueiam a produção de nova mielina. Por se estar a usar uma hormona natural, há efeitos complementares em vários tipos de células, em oposição às sintéticas que visam apenas um tipo de célula.

Apesar de o estudo ter sido realizado em animais, os responsáveis pela investigação mostram-se satisfeitos com os resultados alcançados. O próximo passo é avançar com testes em humanos para perceber se a atuação da hormona é idêntica.

Fonte: Tupam Editores

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