DEPRESSÃO

Alimentos ultraprocessados podem aumentar risco de depressão

Uma investigação realizada na Austrália estabeleceu pela primeira vez uma ligação entre dietas ricas em alimentos ultraprocessados e o aumento do risco de depressão. As descobertas, publicadas recentemente no Journal of Affective Disorders, mostram que o risco de depressão aumenta acentuadamente entre pessoas cuja dieta diária inclui mais de 30% deste tipo de alimentos.

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Segundo a Dra Melissa Lane, do Food and Mood Centre da Universidade Deakin, os resultados fornecem mais evidências dos malefícios abrangentes das dietas repletas de alimentos baratos, bem comercializados, mas muitas vezes pobres em nutrientes.

Os alimentos ultraprocessados não se limitam às típicas “porcarias” e fast food, incluem ainda alimentos produzidos em massa e altamente refinados que podem ser considerados relativamente “neutros”, ou mesmo “saudáveis”, como refrigerantes dietéticos, alguns sumos de frutas e iogurtes aromatizados, margarinas, preparações empacotadas de alimentos, como ovos mexidos, puré de batata e muitos outros produtos prontos que basta aquecer e comer.

Embora os australianos consumam muitos alimentos ultraprocessados, até agora
a ligação com a depressão nunca tinha sido avaliada. Na investigação foi analisada a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a depressão em mais de 23.000 australianos do Melbourne Collaborative Cohort Study. Foram incluídos participantes que inicialmente não tomavam nenhum medicamento para a depressão ou ansiedade, que foram acompanhados durante 15 anos.

Mesmo após contabilizar fatores como tabagismo e baixa escolaridade, renda e atividade física, que estão associados a maus resultados na saúde, os dados da investigação revelaram que um maior consumo de alimentos ultraprocessados está ligado a um aumento do risco de desenvolver depressão.

A depressão é um dos transtornos mentais mais comuns em todo o mundo e é um grande problema de saúde porque afeta negativamente a vida diária e o bem-estar devido à baixa energia, alterações no apetite e no sono, perda de interesse ou prazer, tristeza e, por vezes, pensamentos suicídas.

A identificação de um nível crítico de consumo que pode aumentar o risco de depressão ajudará os consumidores, os profissionais de saúde e os legisladores a tomar decisões mais informadas sobre as escolhas alimentares, intervenções e estratégias de saúde pública.

Fonte: Tupam Editores

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