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Doação de leite humano: um ato que salva vidas

O Dia Mundial de Doação de Leite Humano, assinalado anualmente a 19 de maio, tem como objetivo realçar a importância do acesso universal ao leite humano por recém-nascidos de risco. A Organização Mundial de Saúde instituiu o princípio de que “na impossibilidade de se dispor de leite da própria mãe, a melhor alternativa é o leite humano de um banco de leite, especialmente nos recém-nascidos muito prematuros”.

Doação de leite humano: um ato que salva vidas

GRAVIDEZ E MATERNIDADE

AMAMENTAÇÃO


Este tipo de projetos não é novidade, há-os por todo o mundo. Na antiguidade já existia o conceito das “amas-de-leite”, que eram as mulheres que amamentavam os outros bebés da comunidade. Em Portugal, existem atualmente dois bancos de leite humano – o da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em funcionamento desde novembro de 2009, e mais recentemente – desde setembro de 2022 –, está a funcionar também o Banco de Leite Humano do Norte, no Hospital de São João, no Porto.

O leite humano é o alimento ideal para os bebés. É especialmente importante para bebés prematuros e doentes. Tendo em conta que apenas cerca de um terço das mães de bebés extremamente prematuros são capazes de manter a lactação suficiente para satisfazer as necessidades destes, os restantes lactentes beneficiam da ingestão de leite humano de dadora, sendo de crescente importância a existência dos bancos de leite.

Para ser dadora deve ser mãe lactante e estar nos primeiros seis meses após o nascimento do bebé. Deve ser saudável e estar a amamentar, com leite excedente, para que a doação não prejudique a amamentação do próprio filho.

Importa referir que todo o processo de doação, conservação, processamento e utilização do leite é muito auditado, para que esteja assegurada a segurança microbiológica do leite.

Tudo tem início com a recolha, em casa, do leite por parte das mães dadoras, mães que são avaliadas e fazem análises para se perceber se as suas condições de saúde permitem que doe leite e que esse leite é seguro para os outros bebés que estão doentes.

O armazenamento de leite é feito em casa, mas o hospital procura garantir que a dadora tem condições ideais para o armazenar e existe uma equipa que vai ao domicílio para apoiar e esclarecer dúvidas, bem como fazer a recolha.

Ao chegar ao hospital o leite é congelado e armazenado em máquinas de frio. Depois é testado em termos microbiológicos e, se estiver em condições, é pasteurizado e distribuído para os serviços de neonatologia que dele necessitem.

As vantagens do leite humano são amplamente reconhecidas, com ganhos em saúde universalmente aceites. Quando não se dispõe de leite materno, o leite de dadora é a primeira alternativa. Se foi mãe há menos de 4 meses, não iniciou o desmame do seu filho, é saudável e tem excesso de leite, considere doar o excedente do seu leite ao Banco de Leite Humano. Ajude a salvar vidas!

Fonte: Tupam Editores

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