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Radar doméstico previne queda de idosos e doentes neurológicos

A possibilidade de prever quedas e doenças cognitivas como Alzheimer e Parkinson está a aumentar. Com a ajuda de um sensor de radar, os padrões de caminhada das pessoas podem ser lidos e as quedas acidentais e determinadas doenças podem ser previstos. O método foi desenvolvido por investigadores da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, e poderá ser usado em breve.

Radar doméstico previne queda de idosos e doentes neurológicos

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QUEDAS NO IDOSO


A investigadora que desenvolveu a tecnologia, a Dra Xuezhi Zeng, explica que o pequeno sensor pode ser fixado a móveis, paredes e tetos, em casa e em ambientes de saúde, como clínicas e hospitais.

Segundo a especialista, com a ajuda de um radar de ondas milimétricas, é possível medir parâmetros importantes com alta precisão. O que é medido é o tempo do passo – o tempo que leva do primeiro passo ao próximo e assim por diante. A chave é a variação no tempo do passo. Uma pessoa com risco de queda pode ter uma grande variação no tempo do passo, por exemplo, o primeiro passo pode levar um segundo enquanto o segundo passo pode levar dois segundos.

A queda no idoso é o acidente doméstico mais frequente e a principal causa de morte acidental na população com idade superior a 65 anos, sendo um desafio para os médicos e cuidadores. Atualmente existem produtos que detetam quando uma pessoa caiu, mas depois da queda já é tarde demais. Agora, graças ao radar de ondas milimétricas, estas quedas podem ser evitadas.

O método teve por base um sensor de radar disponível comercialmente, que foi miniaturizado para ficar mais ou menos do tamanho de um alarme de incêndio. Isso deverá facilitar a transformação do protótipo num produto de linha, que possa chegar à população.

Os testes em laboratório revelaram que o radar consegue monitorizar o tempo do passo das pessoas com uma precisão de 96%. Mas Zeng afirma que, além de ser preciso e fácil de usar, este método ainda tem a vantagem de recolher dados sem filmar, o que significa que pode ser usado sem invadir a privacidade e a integridade das pessoas e sem dar a sensação de monitorização, que é algo que uma câmara faria.

A curto prazo, a investigadora espera que o sensor possa ser usado em idosos em casa e em superfícies maiores dentro de casa, fornecendo aos profissionais de saúde dados objetivos e valiosos para apoio à decisão.

Fonte: Tupam Editores

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