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Socializar com frequência aumenta expetativa de vida dos idosos

Um novo estudo realizado na China permitiu concluir que socializar frequentemente pode ajudar indivíduos mais velhos a viver mais tempo. Ao que parece, socializar quase todos os dias é o mais benéfico para uma vida longa.

Socializar com frequência aumenta expetativa de vida dos idosos

MATURIDADE E REFORMA

NOVOS PARADIGMAS DO ENVELHECIMENTO - Envelhecer com saúde e dignidade


Em 2017, 962 milhões de pessoas em todo o mundo tinham mais de 60 anos, e este número deve duplicar até 2050. Consequentemente, tem-se dado mais atenção ao conceito de envelhecimento “ativo”, do qual uma vida social ativa é um componente importante.

Para a investigação, publicada na revista científica Journal of Epidemiology & Community Health, os investigadores analisaram cerca de 28 mil indivíduos chineses, com uma idade média de 89 anos, que já estavam envolvidos num estudo feito a grande escala, iniciado em 1998, baseado em idosos que vivem sozinhos e são independentes.

Cada um dos participantes respondeu a várias questões, nomeadamente a frequência com que se envolviam em atividades sociais, mas também foram recolhidas informações sobre fatores que potencialmente influenciariam os resultados, como sexo, educação, estado civil, rendimento familiar, alimentação, estilo de vida, e ainda problemas de saúde.

A sobrevida foi acompanhada durante uma média de 5 anos ou até à morte. Nos primeiros 5 anos, 25.406 pessoas disseram que não se envolveram em nenhuma atividade social; 1.379 relataram fazê-lo às vezes; 693 pelo menos uma vez por mês; 553 pelo menos uma vez por semana; e 532 pessoas quase diariamente.
Durante todo o período de monitorização, 21.161 (74%) participantes morreram, 15.728 dos quais nos primeiros 5 anos.

Os investigadores concluíram que o tempo até a morte foi atrasado em 42% naqueles que socializavam ocasionalmente, em 48% naqueles que o faziam pelo menos mensalmente, em 110% naqueles que o faziam pelo menos semanalmente e em 87% naqueles que o faziam quase todos os dias, em comparação com os participantes que disseram que nunca socializavam.

Após 5 anos, os sobreviventes incluíram 8.420 pessoas que disseram que nunca se socializaram, 688 que o fizeram ocasionalmente, 350 que o fizeram pelo menos mensalmente, 295 que o fizeram pelo menos semanalmente e 272 que o fizeram quase todos os dias.

Os resultados permitiram concluir que, no geral, a atividade social mais frequente foi associada a mais anos de vida. Quanto maior a frequência, maior a probabilidade de viver mais.

Fonte: Tupam Editores

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