Conservas: verifique os ingredientes para evitar surpresas
Em conserva ou em lata, no mercado podemos encontrar desde vegetais, peixe, leguminosas, preparados de carne, fruta, entre outros. Fazer uma refeição que tenha como alimento principal um enlatado nem sempre é mau. Aliás, vários estudos demonstraram que este tipo de produtos tem os seus benefícios, contudo, não deixe de reparar na sua composição.
A promoção da saúde tem como base a aceitação de que os comportamentos em que nos envolvemos e as circunstâncias em que vivemos têm influência na nossa saúde.
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Mesmo sendo um consumidor atento a estas questões vai deparar-se com um problema: a rotulagem destes produtos ainda é pouco esclarecedora, isto é, em geral estão omissos os teores de sal e dos vários ácidos gordos, importantes para se fazer as escolhas mais acertadas.
Segundo Francisco Botella, endocrinologista da Sociedade Espanhola de Endocrinologia e Nutrição, um ingrediente fresco é sempre preferível a um enlatado, no entanto, alimentos como vegetais ou leguminosas são essenciais numa dieta saudável e é importante, de qualquer forma, aumentar a sua presença no nosso prato.
Para cuidar da saúde, ao adquirir enlatados deve-se dar atenção aos ingredientes desses produtos, mas a informação “Ao Natural” pode ser enganadora. No que diz respeito às conservas de peixe, por exemplo, algumas têm óleo de girassol, outras azeite. As latas “Ao Natural” não possuem nenhum destes, pois contêm apenas peixe, água e sal.
E é precisamente neste último ingrediente que deve recair a nossa preocupação. A quantidade de sal é um fator fundamental para se considerar um alimento bom ou não para a nossa saúde, e a informação “Ao Natural” não revela o teor deste ingrediente. Neste tipo de conservas a quantidade de sal pode até ser maior. No que diz respeito às latas de atum, por exemplo, o endocrinologista recomenda apostar nas de azeite virgem e com baixo teor de sal.
Nas conservas de verduras, o sal volta a ser fator determinante para se considerar o alimento saudável. Segundo o especialista, tudo o que tenha mais de 0,5 gramas por cada 100 gramas de produto já tem uma quantidade que não pode ser considerada saudável.
Deve-se optar sempre por alimentos frescos, que estão menos processados e mantêm as suas propriedades intactas mas, no caso da fruta, por exemplo, é preferível comer fruta em lata do que não a comer. Importa referir que a diferença entre fruta em calda ou pura sem açúcar é muito grande.
Com preços acessíveis, de conservação fácil e de longo prazo, os enlatados podem ser uma boa opção, para casos SOS. A frequência do seu consumo deve ser reduzida, pois podem ter aditivos para conservação durante longos períodos, e um maior teor de sal e gordura. Esteja atento aos rótulos dos alimentos que compra, pela sua saúde!
