Na investigação foi avaliada a eficácia dos cigarros eletrónicos na cessação tabágica de 2017 a 2019, devido ao aumento em 2017 da venda de cigarros eletrónicos com alto teor de nicotina.
Esta incluiu dados sobre 3578 fumadores, que tinham feito uma tentativa recente para deixar de fumar, e 1323 pessoas que tinham deixado de fumar recentemente.

Questionados sobre o método usado para deixar de fumar, os participantes responderam que haviam optado por cigarros eletrónicos, terapia de substituição de nicotina, pastilha elástica, inalador, spray nasal, ou comprimidos.

Os cientistas descobriram que 12,6% dos que tentaram parar de fumar recentemente haviam usado cigarros eletrónicos para ajudar na cessação, um declínio em relação aos anos anteriores. Para os utilizadores de cigarros eletrónicos, a abstinência de cigarro (9,9%) foi menor do que para quem não usou esta opção (18,6%).
As diferenças de risco ajustadas para cigarros eletrónicos versus auxiliares farmacêuticos foram de -7,3% e para cigarros eletrónicos versus qualquer outro método, a diferença de risco ajustada foi de -7,7%.

Entre os ex-fumadores recentes, 2,2% mudou para um cigarro eletrónico com elevado teor de nicotina. Embora não seja estatisticamente significativo, os indivíduos que mudaram para o cigarro eletrónico tiveram uma taxa de recaída mais alta do que aqueles que não mudaram para o cigarro eletrónico ou outro tabaco.

Os cientistas concluíram que os cigarros eletrónicos não tiveram um benefício claro na cessação do tabagismo, sendo necessárias mais investigações para confirmar os resultados apurados.