PANDEMIA

Máscaras transparentes facilitam regresso inclusivo às aulas

Com o arrancar do ano letivo, a Direção Geral da Saúde (DGS) determinou o uso obrigatório de máscaras para alunos a partir do 2.º ciclo e o uso fortemente recomendado para alunos do 1.º ciclo. No entanto, a máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica dita normal pode ser um entrave à comunicação com alunos com necessidades educativas especiais, nomeadamente alunos surdos, sendo necessária uma solução de proteção alternativa contra a COVID-19.

Máscaras transparentes facilitam regresso inclusivo às aulas

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

REGRESSO ÀS AULAS - MOCHILAS!

De acordo com um estudo da revista científica Ear and Hearing, as máscaras transparentes facilitam a compreensão do discurso para pessoas com audição normal e melhoram em dez por cento a compreensão da linguagem no caso das pessoas surdas.

Já em 2020, num inquérito da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), 13,7 por cento dos professores questionados alertava que professores e alunos deveriam usar máscaras transparentes para facilitar a compreensão da Língua Gestual Portuguesa.

As máscaras transparentes surgem, assim, como uma alternativa ao ensino inclusivo para todas as idades, permitindo a professores, auxiliares educativos e outros profissionais da área da educação comunicar de forma mais explícita com todos os alunos, em especial com alunos surdos.

“Está provado que as máscaras transparentes facilitam a compreensão entre todos. Numa altura em que não queremos voltar a ter aulas a partir de casa, é essencial munir alunos e professores das melhores ferramentas para comunicarem sem entraves”, sublinha Ricardo Correia, representante e distribuidor da Xula Mask em Portugal, a primeira máscara social transparente, criada em plena pandemia, para facilitar a leitura labial.

Recentemente, a marca associou-se à FPAS - Federação Portuguesa das Associações de Surdos e atribui um desconto de dez por cento à comunidade surda na compra de máscaras transparentes, doando ainda 1 euro por cada unidade vendida em Portugal.

Esta máscara é inclusiva, pois foi concebida para pessoas surdas que precisam de ler os lábios. É ainda essencial para pessoas autistas, com demência senil ou doença de Alzheimer que ficam facilmente desorientadas quando não podem ver o cuidador. 

A máscara garante proteção, pois é de nível 2, cumpre a nova normativa europeia CWA 17553 e a especificação UNE 0065/2020, com eficácia de filtro de aerossóis superior a 96 por cento e eficácia de filtro de partículas superior a 95 por cento.

Tem ainda um novo tratamento repelente de água de alta tecnologia, melhorando as taxas de impermeabilidade e, portanto, a segurança do utilizador contra gotas externas potencialmente contaminantes. 

Feita de um têxtil reutilizável, esta máscara pode ser lavada 40 vezes. Mesmo após 40 lavagens, mantém uma eficácia de proteção de 86 por cento. Pode ser lavada à mão ou na máquina, e seca com um secador para reativar o revestimento protetor. Por ser um têxtil altamente respirável, evita a condensação e embaciamento dos óculos.

Em colaboração com a empresa suíça HEIQ, a máscara dispõe da tecnologia antiviral VIROBLOCK como revestimento final. Esta inovação testada em laboratórios europeus neutraliza a ação de germes, vírus e bactérias em 99,9 por cento num período máximo de dez minutos.

Fonte: Xula

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