DIAGNÓSTICO

COVID-19: teste inovador para detetar imunidade celular a chegar

A partir da próxima semana estará disponível, em Portugal, um novo teste para deteção de célula T, isto é, da chamada imunidade celular à COVID-19. As células T são conhecidas por serem importantes na proteção contra muitas infeções virais através de processos conhecidos como imunidade celular. Definir cabalmente o papel das células T na COVID-19 é neste momento, um foco central de investigação. 

COVID-19: teste inovador para detetar imunidade celular a chegar

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No entanto o seu doseamento é já consensualmente aceite como muito relevante na avaliação de presença de imunidade protetora para COVID. É nesse sentido que ter essa possibilidade de avaliar a imunidade celular para SARS-CoV-2, será tão relevante como a avaliação da imunidade humoral ou doseamento de anticorpos.

Parte da população desenvolve a imunidade através da criação de anticorpos IgG. No entanto a imunidade pode também ser identificada ao nível celular mesmo na ausência destes anticorpos.

Este teste permite o doseamento de INF-γ através do método ELISA apoiando o clínico posteriormente no diagnóstico e na tomada de decisão informada em conjunto com a deteção do anticorpo.

O tema da imunidade celular está agora a ser alvo de inúmeros estudos, tendo já milhares de publicações científicas a nível mundial, em face do decaimento da imunidade humoral (doseamento de anticorpos).

Para o CEO da Unilabs Portugal, Luís Menezes, “é fundamental que a comunidade médica possua todos os instrumentos de diagnóstico que possamos oferecer para tomar as melhores decisões em cada momento, para cada paciente. Este teste é mais uma arma para ajudarmos a comunidade médica a conhecer melhor a doença, e vamos continuar a tentar trazer testes inovadores para apoiar no combate à Pandemia”.

O diretor médico da Unilabs Portugal, António Maia Gonçalves acrescenta que “perceber se a população desenvolve imunidade protetora e duradoura contra a SARS-CoV-2, após infeção ou vacinação, é o grande desafio clínico com que nos deparamos atualmente. Inicialmente foi sobretudo valorizada a presença de anticorpos neutralizantes do vírus. Esses anticorpos diminuem substancialmente ao longo de menos de seis meses, levantando questões sobre quanto tempo a imunidade protetora pode durar após a infeção. Este teste células T permitirá avaliar de forma mais concreta a imunidade de cada indivíduo, e a par do que ocorre noutros países, perceber a prevalência destas células T na população portuguesa”.

Os testes podem ser realizados em qualquer unidade de colheita Unilabs através da recolha de uma única amostra de sangue, não estando sujeitos a marcação prévia. Os resultados estarão disponíveis entre 24 a 60 horas após a realização do teste.

Fonte: Unilabs Portugal

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