Esse método de tratamento, conhecido como imunoterapia oral, envolve o aumento gradual da quantidade de amendoins, ou produtos à base de amendoins, dada a crianças. 
 
Um dos objetivos do tratamento foi alcançar a dessensibilização, através da qual a criança pode ingerir uma dose completa de amendoins sem desencadear uma reação perigosa. A investigação também visou a proteção em caso de exposição acidental, e a diminuição ou eliminação da necessidade de injeções de epinefrina em resposta a reações.
 
Durante este estudo, 117 crianças em idade pré-escolar, entre os nove meses e os cinco anos de idade, com alergias a amendoins receberam uma dose diária de 300 mg de proteína de amendoim, equivalente a cerca de um amendoim ou um quarto de colher de chá de manteiga de amendoim.
 
Após um ano, verificou-se que quase 80 por cento das crianças conseguiam comer 15 amendoins, equivalente a 4000 mg de proteína de amendoim, e que 98 por cento das crianças puderam comer três a quatro amendoins sem reação, o que provou ser suficiente para proteger contra 99 por cento de exposições acidentais.
 
Apesar de 21,4 por cento das crianças terem tido uma reação alérgica durante a investigação, as reações foram ligeiras em 14,5 por cento ou moderadas em seis por cento das crianças. Duas crianças receberam epinefrina para reações moderadas, no entanto, não se registaram reações graves.
 
Uma criança que começou a receber esta terapia de manutenção conseguiu ingerir 20 amendoins, passado um ano, sem ter qualquer tipo de reação, revelou o estudo.