TABACO

Gravidez: 59,2% das fumadoras não abdica na gestação

Apesar do tabagismo na gravidez ser considerado, pela OMS, como um grave problema de saúde pública devido aos efeitos negativos que pode acarretar para a saúde da mãe e para o desenvolvimento da criança, mundialmente, 59,2% das mulheres que fumam diariamente permanecem com esse hábito durante a gravidez.

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Interessada em compreender esta realidade, a Universidade Portucalense desenvolveu o estudo intitulado “Consumo de tabaco durante a gravidez: prevalência, fatores associados e intervenção para cessação tabágica”, da autoria da mestre Rita Mariares de Almeida, procurando descrever os hábitos tabágicos das gestantes, os fatores associados ao maior risco de consumo de tabaco e a perceção das gestantes sobre a intervenção na cessação tabágica.

Das 259 mulheres grávidas com idades compreendidas entre os 18 e os 43 anos – valor da amostra que integra o estudo – 39.4% referem fumar na atual gravidez ou terem deixado de fumar já durante a gravidez.

O estudo indica que as gestantes fumadoras são maioritariamente solteiras ou divorciadas, com baixa escolaridade, têm mais filhos, níveis mais elevados de ansiedade e maior probabilidade de estar mais expostas ao fumo ambiental na generalidade dos contextos que frequentam.

A grande maioria das gestantes fumadoras assume que, apesar de terem sido questionadas sobre os seus hábitos tabágicos nas consultas de obstetrícia de rotina, não lhes foi fornecida qualquer informação ou encaminhamento para intervenções destinadas à cessação tabágica.

Das que consideram pertinente a realização deste tipo de intervenções, veem como obstáculo a deslocação para as mesmas e acreditam que a medida mais eficaz para erradicar o consumo de tabaco dos seus hábitos diários seria o acompanhamento por parte de um profissional de saúde, com regularidade semanal.

Apesar do risco a que estão expostas, as gestantes fumadoras evidenciam uma menor perceção de utilidade nas intervenções para a cessação tabágica do que as gestantes não fumadoras, o que as coloca ainda em maior risco.

Estes resultados sugerem a necessidade de programas de sensibilização dirigidos às gestantes e de formação dirigidos aos profissionais de saúde destinados à redução deste grave problema de saúde pública.

Fonte: Universidade Portucalense Infante D. Henrique (UPT)

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