MALÁRIA

Casos de malária caem 85% em Moçambique

Um programa desenhado para aumentar o acesso a ferramentas de tratamento e prevenção de infeções reduziu os casos de malária no sul de Moçambique em 85 por cento, mas não eliminou a doença, de acordo com uma análise publicada pela revista PLOS Medicine.

Casos de malária caem 85% em Moçambique

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O Programa Magude, uma iniciativa de cinco anos que forneceu às pessoas da região redes mosquiteiras, medicamentos antimaláricos e educação sobre as formas de prevenir a infeção transmitida pelo mosquito, evitou cerca de 40 000 casos da doença, disseram os investigadores.

Como resultado do programa, a percentagem da população infetada com malária caiu para 1,4 por cento, em 2018 (a taxa era de 9,1 por cento três anos antes).

Moçambique tem uma das maiores taxas per capita de malária a nível mundial, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que visa erradicar a doença até 2050.

Estima-se que 230 milhões de pessoas em todo o mundo sejam infetadas com o vírus a cada ano, e mais de 400 000 morram da doença, de acordo com dados da OMS.

A trabalhar com o Instituto de Saúde Global de Barcelona e o Centro de Pesquisa em Saúde de Manhica, a Aliança Moçambicana para a Eliminação da Malária desenvolveu o Projeto Magude com o apoio financeiro da Fundação “la Caixa” e da Fundação Bill e Melinda Gates.

O programa teve como alvo Magude, uma região rural no sul de Moçambique com 48 448 pessoas que vivem em 10 695 famílias. Na primeira fase do programa, a iniciativa estabeleceu protocolos para a deteção e tratamento de casos de malária e administrou duas doses de medicamentos antimaláricos para toda a população em dois anos consecutivos.

Os trabalhadores da iniciativa também distribuíram mosquiteiros tratados com inseticida e realizaram pulverizações anuais de inseticidas em todas as famílias da região.

Para os cientistas, esses dados mostram a possibilidade de salvar mais vidas aplicando de forma otimizada as ferramentas disponíveis atualmente, enquanto novas estratégias são desenvolvidas para resolver a lacuna entre a transmissão baixa e zero transmissão.


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